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Wendel de Novais
Publicado em 6 de novembro de 2025 às 12:01
A morte de Yasmin Sacramento Damascena, de 12 anos, baleada na região da cabeça enquanto brincava na frente de casa na Capelinha de São Caetano, em Salvador, foi resultado de mais um conflito entre facções criminosas. Isso porque a área onde o crime ocorreu é disputada pelo Bonde do Maluco (BDM) e pela Tropa da Ajeita. >
Por conta da guerra entre os grupos criminosos, traficantes chegaram atirando na Rua da Marmorana, onde Yasmin estava com amigos. “Os caras, que a princípio são do BDM, foram lá pegar um outro traficante, alguém que eles tinham como alvo porque está rolando guerra pela área. Só que eles chegam desse jeito: atirando para todo lado e acabaram matando a criança com tiro na nuca”, fala policial, sem se identificar. >
Menina de 12 anos foi morta em ataque a tiros
O ataque aconteceu por volta das 19h, momento em que várias crianças brincavam na rua. Além de Yasmin, Edson Ferreira de Oliveira, de 47 anos, também morreu. Um menino da mesma idade da menina foi atingido no peito e segue internado no Hospital Geral do Estado (HGE). A bala ficou alojada no corpo do menino, que é observado por médicos e, até o momento, está fora de risco. >
O policial ouvido pela reportagem explica que, como em outros casos, as vítimas pagaram com a vida uma guerra que não é delas. “Traficante não quer saber quem é ou não é de facção. Na hora do ataque, eles chegam atirando para todo lado, até porque não são treinados e não há qualquer preocupação se tem criança, idoso ou qualquer inocente que possa ser baleado”, completa o policial. >
Depois da morte de Yasmin e por conta do conflito entre grupos criminosos, a Polícia Civil informou que ocupou a comunidade da Capelinha de São Caetano. Os investigadores teriam, inclusive, indicativos de autoria do ataque. >
Os dois adolescentes baleados em uma mesma ocorrência enquanto se divertiam na frente de casa não foram os únicos. Em 2025, o Instituto Fogo Cruzado mapeou 58 adolescentes vítimas de arma de fogo entre Salvador e a Região Metropolitana (RMS). Desses, 38 morreram. >