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Wendel de Novais
Publicado em 3 de julho de 2025 às 08:08
A morte de Leonardo Lucas Barreto Serpa, 23 anos, o Léo da banda Oh Original, e do casal Anderson de Oliveira Souza, 29, e Leonarda Bárbara Gomes, 27, tem duas linhas de investigação até o momento. A primeira é que o triplo homicídio teria sido registrado depois de uma briga entre Léo e Anderson, que era conhecido como Neguinho. Já a segunda apura a possibilidade que os três teriam sido executados por suspeitos, que chegaram a recolher as cápsulas de bala no local e fugiram da cena do crime. >
A segunda linha é baseada em informações colhidas em depoimentos após o crime. “Essa outra linha de investigação é baseada em informações de que uma ou mais pessoas estariam envolvidas no caso, mas há diferentes relatos sendo apurados. Tem o relato de que uma quarta pessoa brigou com Anderson e matou os três, atirando em Léo por tentar defender o casal e tem outro que aponta um ataque, com homens em uma motocicleta matando os três”, diz fonte policial, sem se identificar. >
Veja fotos de Leonardo Serpa
Um outro investigador ouvido pela reportagem depois do crime apontou, anteriormente, que as primeiras informações indicavam que as vítimas estavam em uma fila na frente de um estabelecimento comercial, quando Anderson e Léo, que eram vizinhos de parede, se desentenderam. No momento da discussão, os dois, que estavam armados, teriam trocado tiros e atingido Bárbara. >
“Os três que morreram estavam na frente de um estabelecimento comercial, numa fila, e os dois homens desentenderam. Tanto o cantor como Anderson estavam armados. Quando a discussão piorou, os dois sacaram as armas e o tiroteio aconteceu. Leonarda teria entrado no meio para defender o companheiro e acabou baleada também”, conta a fonte. >
Casal morto a tiros com cantor de pagodão em triplo homicídio
Ainda segundo a fonte, o casal tinha passagem na polícia por roubou. A segunda linha de investigação, que considera os três como vítimas de uma execução, ganha força pelo fato da cena do crime ter sido alterada antes da chegada da polícia, que não encontrou suspeitos e nem vestígios fundamentais para o processo de investigação. >
“Os colegas da PM e o pessoal da perícia não encontraram as armas, nem as cápsulas. A suspeita é que os traficantes daquela área tenham limpado tudo para dificultar a investigação policial. Tanto que ninguém lá queria falar. Se fosse ataque de facção ou execução mesmo, a comunidade toda já diria para cobrar por segurança”, completa o investigador. >
Procurada, a Polícia Militar da Bahia (PM-BA) confirmou o caso através de nota e informou que agentes da 17ª Companhia Independente (CIPM) foram acionados, mas não apreenderam as armas. Os mortos tinham várias marcas de disparos em seus corpos. O caso será investigado pela 3ª Delegacia de Homicídios (DH) após perícia do local e dos corpos. >