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Tharsila Prates
Publicado em 14 de agosto de 2025 às 22:20
A Arena Fonte Nova será palco de um mutirão para reconhecimento de paternidade da campanha Meu Pai Tem Nome na Bahia. A ação acontece nesta sexta-feira (15), das 9h às 16h. A Defensoria Pública da Bahia (DPE) vai realizar atendimentos para exames de DNA, reconhecimento voluntário de paternidade biológica e socioafetiva e atividades de educação em direitos. Através de uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), serão disponibilizados na capital atendimentos voltados para a saúde do homem. >
Entre os serviços de saúde estarão vacinação, distribuição de preservativos e testagens para Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Também parceira da ação, a Arpen Brasil vai viabilizar a expedição imediata e gratuita da certidão de nascimento atualizada para os casos de reconhecimento de paternidade.>
O mutirão de atendimentos do Meu Pai Tem Nome acontece ainda em Alagoinhas, Barreiras, Catu, Conceição do Coité, Esplanada, Itapé e Paulo Afonso. Com a adesão à campanha nacional do Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege), a Defensoria da Bahia pretende reverter o cenário de pais ausentes no estado. Ao longo do mês de agosto, quase 50 municípios realizam ações para reconhecimento de paternidade.>
De acordo com dados da Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais do Brasil (Arpen Brasil), somente no primeiro semestre deste ano, quase 900 crianças foram registradas sem o nome do pai na capital baiana. Em todo o estado, o número de meninas e meninas que tiveram o direito à filiação negado é superior a 4,5 mil. A Arpen Brasil contabiliza os dados de pais ausentes desde 2016 e, até então, mais de 101 mil pessoas foram registradas nessa condição.>
Para a coordenadora da Especializada de Família da DPE-BA, Suellen Lordelo, o foco principal do mutirão é garantir os vínculos afetivos e jurídicos de pais e filhos. “É com o intuito de potencializar a abrangência da nossa campanha e, por conseguinte, a adesão do público-alvo, que eliminamos os possíveis entraves de acesso aos serviços da Defensoria e buscamos parcerias com os entes públicos”, explica a defensora pública.>