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Millena Marques
Publicado em 25 de dezembro de 2025 às 13:07
Distribuir rosas é marca registrada dos shows de Roberto Carlos. O gesto começou de forma espontânea, quase despretensiosa, no fim da década de 1970. Em 1978, durante uma apresentação no Rio de Janeiro, o cantor avistou uma conhecida na plateia e, em um ato de carinho, retirou um cravo que usava na lapela do paletó e o lançou em direção a ela. A reação do público foi imediata: gritos, euforia e a sensação de que aquele simples movimento tinha algo de especial. >
A cena chamou a atenção de quem acompanhava de perto a rotina do artista. Na época, a maquiadora Neide de Paula sugeriu que Roberto repetisse o gesto em outros shows, transformando-o em um ritual de afeto com o público. O problema era prático: o cravo, mais frágil, não resistia bem ao arremesso e nem sempre chegava intacto às mãos dos fãs.>
Roberto Carlos
Foi aí que surgiu a troca que atravessaria gerações. Mais firme e simbólica, a rosa passou a ocupar o lugar do cravo. A vermelha, tradicionalmente associada ao amor, e a branca, que carrega um significado especial para o cantor, tornaram-se presença fixa no palco. Com o tempo, a distribuição das flores deixou de ser apenas um gesto e se consolidou como um dos momentos mais aguardados das apresentações.>
Hoje, a chuva de rosas no fim dos shows é parte indissociável da imagem de Roberto Carlos. Um ritual que nasceu de um improviso, ganhou forma com a sensibilidade de quem estava nos bastidores e se transformou em tradição, repetida noite após noite, para milhares de fãs que esperam, atentos, pelo instante em que o Rei se aproxima da plateia com uma flor nas mãos.>
Em Salvador, o ritual não deve ser diferente. O cantor retorna à capital baiana para mais um show aguardado pelo público, prometendo um repertório repleto de sucessos que atravessam gerações e, claro, o momento mais esperado da noite: a distribuição das rosas. Roberto Carlos se apresenta gratuitamente nesta sexta-feira (26), na Arena O Canto da Cidade, na Boca do Rio.>