Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Millena Marques
Publicado em 13 de maio de 2025 às 14:41
A vendedora Patrícia Vieira, 49 anos, passou por um transtorno envolvendo o serviço de Uber Flash no último domingo (11), em Salvador. Ela preparou uma lasanha para o irmão, que iria confraternizar com cinco pessoas durante plantão na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) dos Barris, e entregou a travessa a um motorista de aplicativo, mas o alimento não foi entregue. Ela pede ressarcimento por danos morais e materiais. A Uber foi procurada, mas não respondeu até a publicação desta matéria. >
“O motorista de aplicativo que retirou o alimento em minha residência não entregou. Quando eu liguei, ele disse que tinha levado (a lasanha) para a casa dele para guardar porque não encontrou a recepção da UPA”, relatou Patrícia. Segundo ela, o motorista pegou a lasanha às 20h17, no bairro da Ribeira. >
“Ele (o motorista) mandou eu colocar no banco de trás. Ele seguiu. Quando deu 21h, meu irmão achou estranho. Ficou uma hora em pé, na portaria mesmo, disse que tinha uma hora esperando e o moço não tinha entrado em contato comigo”, disse. Patrícia contou que o motorista não entrou em contato com ela em nenhum momento. >
Em seguida, Patrícia conseguiu fazer uma ligação para o motorista, por meio do aplicativo. “Ele disse que chegou em frente à UPA e não tinha ninguém esperando. Ele disse que não entrou e não poderia ficar perdendo tempo lá”, conta. Segundo ela, os motoristas de aplicativo costumam entrar no local porque a rua é deserta. >
Um amigo de Patrícia, que estava com ela no momento, falou com o motorista por ligação e pelo WhatsApp. O motorista enviou um áudio, ao qual o CORREIO teve acesso, dizendo que levaria a lasanha para casa porque o alimento estava “cheirando muito” e iria incomodá-lo. Ele disse que iria devolver a lasanha, mas o alimento nunca chegou, segundo Patrícia. >
A vendedora registrou um boletim de ocorrência por meio da Delegacia Virtual e notificou a Uber. À empresa, o motorista relatou que a lasanha foi esquecida pela usuária. >
Em nota, a Uber informou que o motorista parceiro tentou contato com a usuária por mais de 10 minutos no local de entrega informado, porém não obteve resposta. A empresa ainda orientou que, caso a usuária acredite ter sido vítima de crime, fica à disposição das autoridades competentes para colaborar fornecendo os dados necessários, nos termos da lei. >