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Wendel de Novais
Publicado em 24 de setembro de 2025 às 14:00
A mais recente Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial trouxe uma mudança que pode transformar a forma como os brasileiros cuidam da pressão. O que antes era chamado de 'pré-hipertensão' foi redefinido para a partir de 12 por 8, ampliando o grupo de pessoas que precisam de atenção e acompanhamento médico. A notícia, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia — Regional Bahia (SBN-BA), deve ser vista como positiva, pois significa que passa a ser possível identificar riscos mais cedo e adotar medidas simples que possam evitar complicações no futuro. >
“A hipertensão é um dos principais fatores de risco para doenças renais e cardiovasculares, então, o quanto antes for diagnosticada e tratada, menores os danos", afirma a presidente da SBN-BA, a nefrologista Ana Flávia Moura. "Quando detectamos alterações de pressão em estágios iniciais, temos a oportunidade de agir antes que a hipertensão se instale de fato", complementa.>
Pré-hipertensão foi redefinida
Assim, por meio do diagnóstico precoce, pessoas que antes passariam despercebidas, agora, serão orientadas a cuidar da saúde desde cedo. Isso vai permitir a elas ter uma maior qualidade de vida, já que, em alguns casos, com pequenas mudanças de hábitos, é possível controlar a pressão sem necessariamente recorrer a medicamentos. “É importante destacar que não se trata de rotular mais pessoas como doentes, e sim de trazer a prevenção para o centro da atenção em saúde”, reforça a presidente da SBN-BA. “A mudança representa uma oportunidade de educar, cuidar e evitar complicações graves no futuro.”>
O que fazer na prática?>
A SBN-BA orienta que a população:>
1. Meça a pressão regularmente, mesmo não sendo hipertenso;>
2. Aposte em hábitos simples, como reduzir o consumo de sal, incluir caminhadas na rotina e manter um peso adequado;>
3. Converse com seu médico, para entender se seu perfil é de risco.>