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Setembro Amarelo: saiba como identificar sinais de alerta para suicídio entre jovens

Taxa de suicídio entre jovens cresceu 6% por ano no Brasil entre 2011 e 2022, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz

  • Foto do(a) author(a) Millena Marques
  • Millena Marques

Publicado em 8 de setembro de 2025 às 08:44

Imagem ilustartiva
Imagem ilustartiva Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os últimos dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Bahia) mostram que a taxa suicídio entre jovens cresceu 6% por ano no Brasil entre 2011 e 2022, enquanto as taxas de notificações por autolesões na faixa etária de 10 a 24 anos de idade evoluíram 29% ao ano no mesmo período. A neurocientista e psicanalista Ana Chaves comenta os números e contextualiza os fatores emocionais e cerebrais que tornam os jovens mais vulneráveis e reforça estratégias de prevenção e acolhimento durante o Setembro Amarelo.

“Todos nós temos sofrimentos emocionais, cada um à sua maneira e, muitas vezes, sem sinais externos. No entanto, em situações graves, sinais de alarme geralmente são perceptíveis em pessoas que vivem o risco de suicídio”, explica Ana.

Uma pessoa com pensamento suicida pode apresentar um ou mais sinais. Entre eles, estão: dificuldades de concentração; isolamento social; constante alteração do apetite; perda de interesse pela própria aparência; perda de interesse por atividades habituais, como ir à escola, ao trabalho, entre outros; consumo excessivo de álcool ou drogas; preocupação com sua própria morte ou falta de esperança.

“Falar sobre querer morrer também é um dos sinais de uma pessoa com pensamento suicida. Esse desejo pode ser expresso de forma escrita, verbal ou por meio de desenhos. É importante estar atento aos sinais, para que a ajuda ocorra de maneira correta”, aponta Ana.

Estudos anteriores do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs) da Fiocruz já associaram o aumento do número de suicídios com o aumento das desigualdades sociais e da pobreza e com o crescimento da prevalência de transtornos mentais, que causam um impacto direto nos serviços de saúde, além de relatar as variações nas taxas em relação a cada região.

“O suicídio é um fenômeno muito complexo, que pode atingir pessoas de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero. Fatores como estresse e pressões sociais impostas pela sociedade podem aumentar os riscos”, ressalta Ana.

Intervenção precoce

Reconhecer os sintomas é o primeiro passo para a intervenção. Quanto mais cedo ela ocorrer, melhor. “É muito difícil saber como superar sentimentos suicidas, mas existe ajuda. Conversar com pessoas confiáveis é a primeira opção. Não hesite em pedir ajuda”, reforça Ana.

Além do contato com pessoas próximas, é importante buscar ajuda profissional. Unidades de saúde e o Centro de Valorização da Vida (CVV) funcionam como espaços de apoio. O CVV, que é um é serviço voluntário gratuito, realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e voip 24 horas todos os dias.

A ligação para o CVV em parceria com o SUS, por meio do número 188, é gratuita a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular. Também é possível acessar o site oficial do CVV para chat, Skype, e-mail e mais informações sobre ligação gratuita e utilizar o atendimento por chat e e-mail disponível nos ícones abaixo.

Quem é Ana Chaves

Neurocientista e psicanalista renomada, Ana Chaves se dedica a estudar o funcionamento do cérebro humano e a capacitar indivíduos a alcançarem seu potencial máximo. Através de uma abordagem holística e científica, Ana inspira e orienta aqueles que buscam crescimento pessoal e profissional. Colabora com o UOL e Valor Econômico com colunas mensais sobre equilíbrio emocional e desenvolvimento humano. Também realiza palestras e mentorias, já tendo impactado a vida de mais de 5 mil pessoas.