De Negro Lindo a Desliza: Léo Santana mistura clássicos e novos hits no Festival Virada Salvador

O relógio marcava 21h41 quando Léo Santana subiu no palco da Arena O Canto da Cidade, na Boca do Rio, para iniciar o segundo show da noite no primeiro dia do Festival Virada Salvador 2026. Na porta de um novo ano, o Gigante apostou em um repertório próprio e baseado na nostalgia da própria carreira para levantar o astral de quem estava presente.

No ano passado, o GG foi o responsável por conduzir o momento da virada, enquanto em 2025 já se apresentou no primeiro dia, que também contou com Wesley Safadão, Parangolé, Xand Avião e Léo Foguete. Sendo “velho conhecido” do festival, o baiano antecipou antes do início do show que o repertório seria do “DNA de Gigante”, DVD gravado em novembro que homenageia seus 20 anos de carreira.

“A gente costuma dizer que time que está ganhando não se mexe. E é um repertório que é agradável, que tem causado uma nostalgia boa. É sempre uma honra cantar em Salvador e ao mesmo tempo a ‘responsa’ é muito grande. Quando o artista é da casa, automaticamente o público quer ver o que o artista vai apresentar hoje. A gente vai se emocionar com um repertório basicamente nostálgico”, explicou.

A professora Ana Paula Rodrigues era uma dessas que estavam animadas para o GG entrar em cena. Acompanhada da filha Ananda e do marido Luciano, a família saiu de casa na intenção de ver Léo Santana e nada mais. Sem preferências, as duas citam as músicas do cantor com igual importância.

Com apenas seis meses morando em Salvador, a goiana Amanda Parreira destacou Léo Foguete e o GG como os artistas que a levaram a sair de casa para curtir o primeiro dia de festival. “Léo Santana é o Léo Santana né. Já fui em vários shows dele e é o Léo, não tem muito o que falar dele. Ele entrega, já vi no Festival de Verão, o show dele é muito bom”, disse.

Quando chegou a hora de subir ao palco, a reação do público foi de êxtase imediato. O som subiu e os gritos já ecoavam pela Boca do Rio. Gritos esses que se intensificaram quando Léo Santana enfim deu as caras e abriu a apresentação com “Negro Lindo”. Logo após, emendou com “Madeira De Lei”, “Posturado e Calmo”, “O Dono Da Zorra Toda” e “Contatinho”.

Revisitar o passado não impediu o cantor de incluir músicas mais recentes, como é o caso de “Desliza”, canção com participação de Melody e uma das apostas do cantor para o próximo Carnaval. Quando o GG tocou, era difícil não ver os fãs dançando a coreografia da música. Esse momento era exatamente o que Verônica Benedito esperava de sua viagem para Salvador.

A paulista de 33 anos veio com os amigos para curtir todo o festival. Neste primeiro dia, era unânime entre os três que Léo Santana era o grande nome da noite. “Para dar aquele gostinho de Carnaval, aquele cheirinho. A gente ama o Carnaval e está chegando”, disse Verônica, que também esperava ansiosamente por Xand Avião.

Junto dela estavam mais dois paulistanos que estavam na expectativa de curtir pela primeira vez um show do artista baiano. “Léo Santana é a cara da Bahia. São músicas animadas, que botam a gente para cima e trazem aquela energia gostosa do Carnaval que Salvador tem”, disse o contador Edi Tavares. “É muito divertido, é animado, é música para dançar, para se jogar”, acrescentou o empresário Josias Dias.

Já em clima de ano novo, Léo avaliou o seu 2025 como um período de muitos avanços e já projetou o próximo ano, tanto na vida pessoal quanto na carreira musical. Em meio a uma programação de shows em homenagem aos 20 anos de carreira, o cantor e a dançarina Lore Improta esperam o nascimento do segundo filho do casal em 2026.

“Família com saúde, realizações acontecendo, shows incríveis pelo Brasil, minha filha cada dia mais linda, meu casamento com a minha esposa muito mais sólido, equipe muito mais redonda. Foi um ano de glória, foi especial. Aos trancos e barrancos, mas eu só penso no que foi bom. Que em maio, Deus conceda mais essa bênção com o nascimento do bebê”, finalizou.