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Empresa de insumos para a construção inaugura fábrica de R$ 190 milhões em Feira

Complexo fabril da Soprema terá um centro para a formação de mão de obra

  • Foto do(a) author(a) Donaldson Gomes
  • Donaldson Gomes

Publicado em 27 de setembro de 2025 às 05:00

Produção de adesivo para PVC será concentrada na unidade em Feira de Santana Crédito: Divulgação

Se você não trabalha em uma atividade ligada à construção civil, provavelmente nunca ouviu falar a respeito da Soprema antes. Mas, pode acreditar, que não passa um único dia em sua vida sem ter contato com os produtos desta multinacional francesa que escolheu Feira de Santana como sua base de produção para atender à região Nordeste, com um investimento de 30 milhões de euros – o equivalente a quase R$ 190 milhões, na cotação desta sexta-feira (dia 26).

Onde tem tubulação de PVC, provavelmente tem a cola produzida pela Soprema. No fogão, a lã de rocha usada para o revestimento térmico é fabricada pela empresa. Do mesmo modo, os impermeabilizantes usados para evitar infiltrações na construção civil, ou o poliuretano para vedações. E por aí vai. A partir de agora, a possibilidade destes produtos do dia-a-dia saírem da moderna fábrica no Centro Industrial Subaé, na região do Tomba, cresceu bastante.

Presente em Feira desde 2012, primeiro com um centro de distribuição, depois com uma unidade de pequeno porte, a fabricante de insumos para a construção civil ampliou a sua capacidade produtiva em 12 vezes com o investimento, estima o CEO Sérgio Guerra. Em termos de área, o crescimento ultrapassa 20 vezes, o que indica a perspectiva de ampliação num futuro próximo. “Com certeza, nós iremos aproveitar toda esta área. Estamos aqui para ficar”, prometeu durante conversa com jornalistas após a cerimônia de inauguração nesta sexta-feira.

O prefeito de Feira, José Ronaldo de Carvalho, disse estar feliz pela expansão da empresa. “É uma empresa que tem 143 unidades espalhadas pelo mundo, que pensa em expandir para a Ásia. Ficamos felizes que estejam aqui e esperamos comemorar novas unidades em breve”, destacou.

Vice-presidente da Soprema para a América do Sul e Europa, Paul Oliveira, destacou o posicionamento logístico de Feira de Santana e o vínculo que a empresa tem com a cidade como explicações para a escolha da cidade. “Aqui era uma pequena unidade fabril 20 vezes menor, vimos pessoas muito comprometidas que faziam muito com muito pouco e davam resultados”, contou. “Graças a estas pessoas que fizemos esta enorme unidade fabril. Elas que irão levar isso para a frente muito bem”, projetou. Segundo ele, fazer apostas deste tipo não é novidade para a empresa francesa de 120 anos.

Inauguração de fábrica da Soprema, em Feira de Santana, com investimento de R$ 190 milhões por Divulgação

Os encantos de Feira

O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE), Angelo Almeida, destacou o potencial da cidade baiana para investimentos industriais.

Márcia Cristina Gomes, secretária de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico de Feira, acredita que a inauguração marca uma retomada de investimentos na cidade baiana. “A gente sabe que o crescimento industrial no mundo e no Brasil está em queda, mas Feira de Santana vai na contramão desses dados”, diz, lembrando que a cidade estava há quase dois anos sem a abertura de novas unidades industriais.

Guerra estima que a unidade tem espaço para dar suporte ao crescimento da empresa pelos próximos dez anos. “Não estamos rodando a 100% ainda. Esse site tem aproximadamente 12 vezes o tamanho do anterior e seria maravilhoso falar que chegamos ao ápice de produção de um dia para o outro, mas não funciona assim”, pondera. “Com uma linha de produtos consideravelmente maior, eu acho que essa nossa escalada de crescimento só vai se acelerar de uma forma muito satisfatória”, avalia.

Antônio Geraldo Pires, do Centro das Indústrias de Feira de Santana (CIFS), destaca o investimento como fundamental para a cidade baiana. “Serão gerados 200 empregos diretos, fora os indiretos, mas a captação de ICMS e outros impostos”, comemora.

“Feira oferece uma localização fantástica para as empresas receberem insumos e escoarem a sua produção, além de ter universidades e ótimas escolas de formação técnica”, completa.

Segundo Pires, a disponibilidade de áreas industriais é um desafio para a indústria feirense. O CIS Tomba, onde a Soprema se instalou já está densamente ocupado e o mesmo acontece com o distrito às margens da BR-324, avalia. “Agora temos uma expectativa em relação ao CIS Norte, voltado para a BR-116, onde a prefeitura está realizando um investimento na infraestrutura”, destaca.

O presidente do CIFS diz que as áreas industriais que atendem a cidade são bem servidas em relação a infraestrutura básica, mas precisam de melhorias em alguns dos acessos rodoviários.

O empresário Alexandre Landim, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), que esteve na inauguração da Soprema representando a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), lembrou que a presença da empresa ajuda a modernizar a indústria da construção. “É uma empresa internacional que aporta na Bahia, fomentando a indústria, gerando empregos e movimentando a economia”, disse.

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Negócios