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Donaldson Gomes
Publicado em 13 de dezembro de 2025 às 05:00
Por mais que muitos assinantes da Netflix estejam encarando o possível acordo de fusão entre a empresa e a Warner como uma oportunidade de assistir Game of Thrones (GOT) sem precisar trocar de streaming, a disputa é muito mais complexa do que pode parecer à primeira vista. Esqueça a ideia de uma comédia romântica, em que um pretendente rico e poderoso se encanta por uma bela e encantadora mocinha. Para entender este negócio, talvez o melhor caminho seja o de pensar em Suits, um dos grandes sucessos da Netflix. Talvez até algo no estilo Billions, onde a luta pelo poder ultrapassa qualquer ideia de limites. >
A história é de dominação, de uma empresa gigante que transformou o cinema como ele era conhecido antes. O negócio superior a US$ 70 bilhões vai permitir à Netflix incorporar ao seu catálogo mais de 50 anos de produções e trazer para o seu universo de 300 milhões de assinantes mais 128 milhões de contas da HBO. >
A operação reunirá franquias históricas como Looney Tunes, Harry Potter e Friends e sucessos da HBO como Succession, Sex and the City e Game of Thrones, ao lado de produções próprias da Netflix como Stranger Things e Guerreiras dos K-pop (Kpop Demon Hunters, na versão em inglês).>
Por mais que a Netflix garanta que vai manter as estréias dos filmes nos cinemas, o que todo mundo questiona é porque motivo ela faria isso, e por quanto tempo? Você colocaria a mão no fogo de que a gigante do streaming seguira investindo quantias como os US$ 350 milhões aplicados no filme do Superman, de James Gunn? Precisamos ter a certeza de que a continuação vai manter o padrão de qualidade. >
Aí entra a Paramount na jogada, interessada em acrescentar as contas da HBO ao seu universo de 79 milhões de assinantes. A empresa entrou no negócio com uma oferta hostil, que significa ter ido direto ao mercado tentar comprar as ações da Warner, no lugar de fazer uma proposta aos controladores da empresa, como fez a Netflix. Esse é o toque de Suits neste processo, com muitas negociações de bastidores e manobras heterodoxas.>
Mas o negócio, como falei mais acima, tem muito de Billions e até um toque de House of Cards – lembra dela? O assunto está sendo discutido por congressistas norte-americanos, precisa do aval de órgãos reguladores e interessa diretamente ao presidente Donald Trump. Ele sonha em ver a CNN, parte da Warner, ser vendida separadamente. De preferência para um grupo menos hostil ao trumpismo. >
Talvez, a grande questão tanto para mim, quanto para você, é saber o quanto a assinatura da Netflix, ou da Paramount, vai aumentar. Porque que o preço vai subir, não restam dúvidas. Será que a empresa vencedora desta versão moderna da Guerra de Tróia vai manter a HBO como um serviço à parte, vai incorporá-la, ou oferecer como algo à parte (talvez um plus)?>
Maduro virou meme>
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, arranhando um portunhol, bem carregado no “nhol”, foi um meme pronto. Mal se consegue entender o “muito obrigado Brasil”. Pressionado por parte da frota da marinha norte-americana, apela aos brasileiros que apoiem a Venezuela em sua luta por paz e soberania. Maduro nega ser líder de um cartel de drogas. Chega a ser simpático, ostentando um boné do MST, e nem parece o líder político que atropela seus opositores e que segue no poder após um processo eleitoral que foi contestado até pelo governo brasileiro. >
Implacável>
Falando na tensão entre a Venezuela e os Estados Unidos, o secretário da Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, está sendo cobrado a dar explicações sobre uma ordem para "matar todo mundo" em um ataque realizado pela marinha contra um barco venezuelano. Segundo uma reportagem do Washington Post, os dois tripulantes da embarcação que sobreviveram à primeira onda de ataque foram mortos quando já estavam na água. Quem entende do direito da guerra acredita que os ataques às embarcações são questionáveis, mas disparar contra duas pessoas no meio do mar é inquestionavelmente um crime.>
Novos tempos>
Peguei um Uber há alguns dias e o motorista me contou que é “pai solo” há dois anos. O casamento se desmanchou e a mãe da criança, segundo o condutor, “caiu no mundo”, deixando tudo para trás, inclusive o filho. O pai, portador da guarda unilateral do filho, é uma raríssima exceção em uma realidade que teima em mudar lentamente demais. Esta semana, o IBGE divulgou que pela primeira vez no Brasil a guarda compartilhada superou aquela em que os cuidados recaem apenas sobre a mãe, com 45% a 43%, respectivamente. Sabe quantos pais cuidam dos filhos sozinhos? Apenas 3%. >
Mundo tão desigual>
A desigualdade atingiu o maior patamar em 30 anos, de acordo com o Relatório Mundial sobre a Desigualdade 2026, da rede World Inequality Lab. Atualmente, os 10% mais ridos detêm 75% de toda a riqueza, enquanto a metade mais pobre do planeta vive, ou sobrevive, com 2%. >
meme da semana>
O governador Jerônimo Rodrigues atingiu nesta sexta-feira (dia 12) a marca de 23 pedidos de empréstimos – desta vez a solicitação foi de R$ 720 milhões. Ao todo, já foram R$ 26,7 bilhões. É óbvio que a internet não iria deixar isso passar batido. Olha esse meme... >
(Viu algum meme interessante? Encaminha para donaldson.gomes@redebahia.com.br)>
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