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Entenda como a taxação de Trump pode fazer o preço da manga subir na Bahia

Fruta é a mais exportada do Brasil para os Estados Unidos e tem maior produção entre a Bahia e Pernambuco

  • Foto do(a) author(a) Yan Inácio
  • Yan Inácio

Publicado em 18 de julho de 2025 às 17:57

Manga
Manga Crédito: Freepik

Maior do Brasil, o polo de fruticultura do Vale do São Francisco, que fica entre os estados de Pernambuco e Bahia, pode ser fortemente afetado pelas sobretaxas de 50% aos produtos brasileiros, impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As medidas passam a valer em 1º de agosto, caso não sejam revogadas.

É o que diz a Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport), em carta enviada ao governo federal e aos Estados Unidos nesta quarta (16). A manga é a principal fruta exportada pelo Brasil para os Estados Unidos e deve ser a mais afetada pela taxação.

De acordo com o documento, a tarifa pode inviabilizar a operação comercial para os EUA e paralisar a produção na região, que movimenta cerca de R$500 milhões em exportações anualmente, segundo dados do Comex Stat. A região gera mais de 250 mil empregos diretos e 950 mil indiretos.

“São trabalhadores rurais, embaladores, irrigantes, motoristas, técnicos agrícolas, pequenos produtores, comerciantes e famílias inteiras que encontram na fruticultura sua única fonte de renda e dignidade em uma das regiões mais desafiadoras e carentes do país”, destacou o presidente da Valexport, José Gualberto de Almeida

Indústria da celulose baiana lidera as exportações para os EUA por Shutterstock

Segundo ele, o resultado das taxações será uma queda brusca nos preços, o colapso da rentabilidade do setor e pode acabar no desemprego em massa no Vale do São Francisco. A produção, que deveria ir para os EUA pode ficar represada mesmo sendo direcionada para a Europa e para o mercado interno, que segundo a Valexport, não atendem à demanda elevada.

De acordo com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), os Estados Unidos são hoje o terceiro destino das exportações baianas. No primeiro semestre deste ano, o volume exportado chegou a 8,3% do total, uma queda de 1,2% comparado ao mesmo período de 2024. "Trata-se de um montante de US$ 440 milhões, de um total de US$ 5,1 bilhões exportados pela Bahia, e que representa aproximadamente 1% do PIB da Bahia", diz a federação.

Entre os produtos mais afetados está a celulose tradicional, revela a Fieb. O produto é responsável por 16,2% das vendas baianas para o mercado dos Estados Unidos, com US$ 71,4 milhões no primeiro semestre, valor equivalente a cerca de 12% das exportações do setor. Manteiga e líquor de cacau, celulose solúvel, pneus, benzeno, isopreno, paraxileno e ácido acrílico também estão entre as exportações mais relevantes que devem sofrer com a elevação da taxação.