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Wendel de Novais
Publicado em 19 de novembro de 2025 às 11:08
O policial militar Edgar Rocha Fernandes Sobrinho, de 43 anos, ex-candidato à Prefeitura de Encruzilhada, foi preso na manhã desta quarta-feira (19), suspeito de envolvimento em um homicídio ocorrido em 11 de outubro, em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. >
De acordo com informações de policiais, Edgar teria participado da execução de Izairon Silva Gomes, conhecido como “William”. A vítima estava a bordo de uma caminhonete, na Avenida Luís Eduardo Magalhães, quando foi atingida por diversos disparos de arma de fogo. Izairon trabalhava com compra e venda de veículos. >
PM é investigado e foi preso por morte de empresário
A motivação do crime ainda não foi divulgada, mas a Operação Veritas, que prendeu o soldado, foi deflagrada pela FORCE da Corregedoria Geral, pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e pela Corregedoria da Polícia Militar. Ordens judiciais foram cumpridas em Vitória da Conquista e Encruzilhada. >
Além do mandado de prisão, equipes cumpriram dois mandados de busca e apreensão em imóveis ligados ao PM. Na ação, foram apreendidos uma arma de fogo e aparelhos celulares, que serão encaminhados para perícia. O investigado será conduzido ao Batalhão de Polícia de Choque, em Salvador. >
O material apreendido foi encaminhado para a Polícia Civil, que dará prosseguimento às investigações. Nas eleições de 2024, Edgar Sobrinho conquistou 24,57% dos eleitores, com 2.913 votos. No pleito, no entanto, ele foi derrotado pelo candidato Doutor Pedrinho, que teve 8.719 votos e chegou a 73,54% >
Prefeito eleito investigado >
No mês passado, Dr. Pedrinho virou alvo de operação por esquema criminoso que envolvia a prefeita de Poções, contava com empresas de fachada e teria desviado R$ 12 milhões dos cofres públicos. De acordo com investigação da Polícia Federal (PF), contratos de terceirização de mão de obra financiados com recursos do FUNDEB, SUS e FNAS e fechados pelos gestores apresentavam graves irregularidades. >
“As investigações apontam ausência de estudos técnicos, pesquisa de preços inadequada, majoração indevida de valores contratuais e prestação fictícia de serviços. O prejuízo estimado ao erário ultrapassa R$ 12 milhões”, divulgou a PF. A partir dos contratos, segundo informações de policiais, investigadores descobriram uma estrutura criminosa organizada que atuava em diversos municípios baianos. O grupo utilizava empresas de fachada e familiares como intermediários financeiros.>
Prefeitos são alvo de operação da PF
O uso de parentes foi detectado por conta de movimentações bancárias atípicas e ocultação patrimonial para viabilizar os desvios e a lavagem de dinheiro. Ao todo, 25 mandados são cumpridos em Poções, Encruzilhada, Barreiras e Vitória da Conquista. A operação, batizada de Intercessor, é deflagrada em ação conjunta da PF com a Controladoria-Geral da União (CGU) e emprego de 68 policiais federais e 13 auditores da CGU. Os crimes são investigados entre os anos de 2021 e 2023.>
Os crimes apurados incluem organização criminosa, peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e crimes contra a legislação trabalhista, cujas penas máximas somadas podem ultrapassar 40 anos de prisão. >