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Wendel de Novais
Publicado em 23 de outubro de 2025 às 08:51
O esquema que fez os prefeitos Dr. Pedrinho (PCdoB), de Encruzilhada, e Dona Nilda (PCdoB), de Poções, no sudoeste da Bahia, virarem alvo de operação contava com empresas de fachada e teria desviado R$ 12 milhões dos cofres públicos. >
De acordo com investigação da Polícia Federal (PF), contratos de terceirização de mão de obra financiados com recursos do FUNDEB, SUS e FNAS e fechados pelos gestores apresentavam graves irregularidades. >
Prefeitos são alvo de operação da PF
“As investigações apontam ausência de estudos técnicos, pesquisa de preços inadequada, majoração indevida de valores contratuais e prestação fictícia de serviços. O prejuízo estimado ao erário ultrapassa R$ 12 milhões”, divulgou a PF. >
A partir dos contratos, segundo informações de policiais, investigadores descobriram uma estrutura criminosa organizada que atuava em diversos municípios baianos. O grupo utilizava empresas de fachada e familiares como intermediários financeiros. >
O uso de parentes foi detectado por conta de movimentações bancárias atípicas e ocultação patrimonial para viabilizar os desvios e a lavagem de dinheiro. Ao todo, 25 mandados são cumpridos em Poções, Encruzilhada, Barreiras e Vitória da Conquista. >
A operação, batizada de Intercessor, é deflagrada em ação conjunta da PF com a Controladoria-Geral da União (CGU) e emprego de 68 policiais federais e 13 auditores da CGU. Os crimes são investigados entre os anos de 2021 e 2023. >
Os crimes apurados incluem organização criminosa, peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e crimes contra a legislação trabalhista, cujas penas máximas somadas podem ultrapassar 40 anos de prisão. >