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Maysa Polcri
Publicado em 12 de junho de 2025 às 16:17
O condutor da lancha Lipe e Lara, uma das duas embarcações envolvidas em uma batida em Morro de São Paulo, foi indiciado por homicídio culposo e lesão corporal culposa, quando não há intenção de matar e ferir. A colisão aconteceu em abril deste ano e provocou a morte do empresário Luiz Gustavo Santos Veloso de Andrade, dono de uma pousada na região, no sul da Bahia. >
A investigação conduzida pela Delegacia Territorial de Cairu concluiu que o choque entre as lanchas foi provocado pelo excesso de velocidade das embarcações e pela ausência de acionamento das luzes de navegação pelo marinheiro da lancha Lipe e Lara. Ele, que não teve a identidade revelada, foi indiciado. Imagens e laudos do acidente foram analisadas pela polícia. >
A colisão aconteceu por volta das 18h30 do dia 7 de abril, quando as embarcações faziam a travessia entre Valença e Morro de São Paulo. O empresário Gustavo Veloso morreu, e outras 10 pessoas ficaram feridas. Populares ajudaram no resgate dos passageiros. >
As lanchas envolvidas na batida foram a Lipe Lara, de responsabilidade da Associação Volta à Ilha, e a Safira, da Associação de Transporte Marítimo (Astram). Esta última naufragou parcialmente durante o acidente. A reportagem não conseguiu contatar as associações. >
Em abril, foi revelado que as lanchas não tinham licença especial de turismo ou fretamento. A informação foi confirmada pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba).>
Apesar disso, a Capitania dos Portos informou que as embarcações estavam regulares no que tange à avaliação da corporação, ou seja, tinham documentação e eram reguladas. Cabe à Agerba autorizar o uso das embarcações para o transporte da "linha" feita e, isso, as lanchas não tinham, segundo a própria agência reguladora. >