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Elaine Sanoli
Publicado em 7 de novembro de 2025 às 18:43
Três policiais militares investigados pela morte do jovem Kailan Oliveira de Jesus, ocorrida no município de Jequié, no centro-norte do estado. Na quinta-feira (6), o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) acatou o pedido do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) para rever a sentença da Vara Criminal de Jequié, que havia absolvido sumariamente os policiais. O Poder Judiciário também decretou a prisão cautelar dos PMs, identificados como Milton Ferraz de Andrade Júnior, Edgar Almeida Gomes e Valdomiro Teixeira Dias.>
Segundo o MP-BA, a morte de Kailan ocorreu por execução sumária, com recurso que impossibilitou sua defesa e por motivo torpe, "tendo sido praticada por agentes do Estado que abusaram de sua autoridade, forjaram provas e manipularam a cena do crime, apresentando posteriormente uma versão inverídica dos fatos à autoridade policial”. Eles ressaltaram que a materialidade do crime é incontestável e os indícios de autoria são robustos.>
As investigações apontam que, no dia 10 de maio de 2023, os policiais invadiram a residência da irmã de Kailan de Jesus, retirando ela e os filhos de dentro da casa, onde permaneceram sozinhos com a vítima. Minutos depois, com Kailan desarmado e sem apresentar qualquer resistência, os PMs atiraram contra ele.>
Os PMs foram presos pela primeira vez em dezembro de 2024 no sudoeste baiano, durante a deflagração da ‘Operação Choque de Ordem’, que investigou o envolvimento deles na morte. Foram presos novamente em março de 2025, quando a Justiça acatou recurso do MP contra decisão de soltura da Vara Criminal de Jequié.>