Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Traficantes baianos reforçaram segurança do CV e tentaram 'proteger' complexos em megaoperação no Rio

Ao menos 18 criminosos da Bahia foram localizados em mata

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 30 de outubro de 2025 às 10:01

Traficante baiano foi morto em megaoperação no Rio
Traficante baiano foi morto em megaoperação no Rio Crédito: Reprodução

A alta letalidade da megaoperação contra o Comando Vermelho (CV), no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos segundo a polícia, se deu pela forte resistência de integrantes da linha de frente da facção, incluindo traficantes baianos escondidos na capital fluminense.

De acordo com a Polícia Civil do Rio, dos 113 presos durante a operação, 33 eram de outros estados do país. Entre estes, segundo informações do O Globo, 18 eram baianos. Pará (quatro), Pernambuco (três), Santa Catarina (um), Espírito Santo (um) e Maranhão (um) também tinham criminosos envolvidos no confronto.

Os presos e os mortos na megaoperação cumpriram uma função: como soldados, atrasaram os avanços da polícia para que as lideranças fugissem. Tanto é que Edgar Alves Andrade, conhecido como Doca da Penha ou Urso, que integra a alta cúpula do CV e é investigado por mais de 100 homicídios, escapou.

Alan Barbosa Fonseca por Reprodução

Uma fonte policial consultada pela reportagem explica a presença dos baianos nessa área. “Esses criminosos foram alvos de diversas investidas da polícia daqui, mas conseguiram escapar e ganhar abrigo por lá. Alguns eram até lideranças menores na Bahia, mas, chegando lá, é outra hierarquia. Ficam na mata e dão plantão”, diz, solicitando anonimato.

Dos 18 baianos presos, quinze foram identificados por fontes policiais. Além deles, o baiano Júlio Souza Silva, 26 anos, natural de Salvador, que era liderança da facção no Vale das Pedrinhas, foi morto na megaoperação. Ele, inclusive, usava o emblema da bandeira da Bahia em fuzil que utilizava na capital fluminense.

Mesmo com a posição de Júlio em Salvador, a fonte policial reforça que nenhum dos criminosos são 'grandes nomes' do CV em território baiano. "Nenhum traficante que tenha importância logísitca, no sentido de comandar as operações da facção aqui no estado estaria nessa linha de frente. Esse ficaria, justamente, entre os que fogem enquanto o tiroteio acontece. Tanto é que nenhum dos nomes divulgados são muito conhecidos aqui", ressalta o policial. 

Traficante baiano foi morto em megaoperação no Rio por Reprodução

A cooperação entre os estados evidencia um padrão já revelado pelo CORREIO: a saída de criminosos da Bahia rumo ao Rio e o abrigo de lideranças fluminense em território baiano. Chefes baianos do CV, inclusive, já foram rastreados na Rocinha, na Maré e em outras favelas cariocas, atuando de forma remota no crime.

No caso dos baianos, que estão abaixo na estrutura da facção, há um preço pelo refúgio dado pelo CV: proteção de território em plantões e sair das funções de gerentes e de comando pára atuar como soldados, se colocando em risco pelo grupo.

Tags:

Crime Polícia Presos Operação