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Um mês depois, Polícia Civil pede mais tempo para concluir inquérito de triplo homicídio em Ilhéus

Mulheres foram mortas no dia 16 de agosto; DNA e digitais de suspeito preso não foram encontrados nos corpos e nas possíveis armas do crime

  • Foto do(a) author(a) Monique Lobo
  • Monique Lobo

Publicado em 16 de setembro de 2025 às 19:59

Alexsandra, Mariana e Maria Helena
Alexsandra, Mariana e Maria Helena Crédito: Reprodução

Um mês após a morte de três mulheres na Praia dos Milionários, em Ilhéus, a Polícia Civil da Bahia pediu ao Poder Judiciário, nesta terça-feira (16), a prorrogação do prazo de conclusão do inquérito que investiga o caso.

Alexsandra Oliveira Suzart, de 45 anos, Maria Helena do Nascimento Bastos, de 41 anos, e Mariana Bastos da Silva, de 20 anos, foram mortas enquanto caminhavam na praia com um cachorro, no dia 16 de agosto.

Thierry Lima da Silva por Reprodução

Segundo o órgão, o pedido tem como intuito garantir tempo para novas diligências e laudos complementares para reunir novos elementos e realizar desdobramentos investigativos. Além disso, as investigações ganharam o apoio dos Departamentos de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e de Inteligência Policial (DIP).

A Polícia Civil também informou que novas estratégias foram traçadas em uma reunião com o delegado-geral André Viana e gestores dos departamentos, na sede do órgão, em Salvador, na segunda-feira (15). Análises do Laboratório de Inteligência Cibernética (Ciberlab), do DIP, também estão sendo realizadas.

Sem DNA do suspeito

Até o momento, apenas um homem foi preso. Thierry Lima da Silva, de 23 anos, foi capturado dias depois do crime e confessou o triplo homicídio durante audiência de custódia. Segundo seu depoimento, ele agiu sozinho e teria tentado assaltar as vítimas. Em sua confissão, Thierry ainda falou que abordou uma delas com uma faca e as outra duas tentaram intervir. Com isso, ele acabou esfaqueando as três.

No entanto, análises feitas pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) apontou que não foi encontrado DNA do suspeito no corpo das vítimas, tampouco nas facas apreendidas como possíveis armas do crime.

Além disso, de acordo com o laudo, não foram encontradas digitais de Thierry nas facas apresentadas pela polícia no inquérito.

Um perito ouvido pelo CORREIO listou algumas dessas incongruências na investigação ainda cercada de mistérios. “Não foi encontrado DNA dele [Thierry] e nem dos demais nos objetos recolhidos do local. Em crimes com arma branca, geralmente fica sangue misturado do autor, cortes comuns ao usar faca em briga. Se ele é réu, confesso, deve ter dito onde enterrou a faca. Como não acharam ainda?”, disse um dos peritos criminais do DPT, que preferiu não se identificar.

A versão do suspeito também foi questionada. “É pouco plausível que um homem só, armado apenas com uma faca, consiga matar três mulheres sem que nenhuma conseguisse fugir, pedir socorro ou mesmo feri-lo seriamente”, avaliou. Segundo ele, em situações de luta corporal, a tendência é que haja alguma defesa da vítima que causa arranhões ou roupas rasgadas. “Não foram encontradas nas unhas das vítimas material genético típico de quem tentou se defender”, complementou.

E ainda acrescentou: “É pouco plausível que um homem só, armado apenas com uma faca, consiga matar três mulheres sem que nenhuma conseguisse fugir, pedir socorro ou mesmo feri-lo seriamente”.