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Monique Lobo
Publicado em 23 de agosto de 2025 às 11:07
Por nove votos a dois, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram condenar, na sexta-feira (22), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) novamente, desta vez a 5 anos e 3 meses de prisão por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma. >
A decisão, por maioria, ainda cabe recurso. Logo, ela não iniciará o cumprimento da pena imediatamente. >
O julgamento tratou do caso em que Zambelli, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022, sacou uma arma de fogo e perseguiu o jornalista Luan Araújo após os dois trocarem ofensas durante um ato político, em São Paulo.>
O entendimento do relator, o ministro Gilmar Mendes, foi seguido pelos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Edson Fachin, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso.>
Apenas os ministros Nunes Marques e André Mendonça não seguiram o relator. O primeiro votou pela absolvição ao crime de porte ilegal de arma de fogo e pela desclassificação de constrangimento ilegal para exercício arbitrário das próprias razões. Com isso, a pena estaria prescrita. >
Já o segundo, votou pela absolvição ao crime de porte ilegal de arma de fogo e condenação por constrangimento ilegal, com pena de oito meses de prisão. >
Essa é a segunda condenação da deputada na Corte. Antes, foi condenada a dez anos de prisão por invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos. >
Zambelli fugiu para a Itália antes do primeiro processo estar transitado em julgado e teve o nome incluído na lista vermelha da Interpol>
Antes de ter o processo de invasão ao CNJ transitado em julgado, a parlamentar fugiu do país. O nome dela chegou a ser colocado na lista de difusão vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).>
No final de julho, ela foi presa em Roma, na Itália. Com nova decisão, os tempos das duas penas serão somados. >