Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Wendel de Novais
Publicado em 12 de dezembro de 2025 às 08:47
Baleado durante a megaoperação que deixou 122 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, o delegado Bernardo Leal deve receber alta nos próximos dias. A saída do hospital, no entanto, abre uma nova fase da recuperação: ele vai precisar de cuidados em casa, sessões diárias de fisioterapia e de uma prótese na perna direita, amputada após o ataque. O custo estimado é de R$ 500 mil, segundo O Globo.>
Sem condições de bancar o valor, familiares e amigos organizam uma vaquinha on-line para ajudar no tratamento. A campanha deve ser lançada nos próximos dias, acompanhada de um vídeo feito no hospital. O apelo começou a circular na quinta-feira (10), depois de a família alertar para o aumento de golpes que se passam por campanhas de doação.>
Delegado foi baleado em megaoperação e teve perna amputada
A situação de Bernardo expõe uma falha estrutural: a Polícia Civil do Rio não dispõe de hospital próprio para atendimentos de alta complexidade e também não oferece suporte financeiro para home care ou próteses, deixando os custos totalmente a cargo do servidor e dos parentes.>
O delegado foi atingido por um disparo que rompeu a veia femoral, causando forte hemorragia. Para salvar sua vida, médicos decidiram amputar a perna. No dia da operação — uma das mais violentas da história do estado —, imagens mostraram colegas da Delegacia de Repressão a Entorpecentes carregando Bernardo morro abaixo, na Serra da Misericórdia. Sem possibilidade de esperar socorro, ele foi levado na garupa de uma moto até uma ambulância.>