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Carol Neves
Publicado em 22 de novembro de 2025 às 06:44
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso neste sábado (22) após ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A detenção é preventiva e ocorre logo após a condenação do ex-presidente a 27 anos e 3 meses por tentar um golpe de Estado após perder as eleições de 2022. Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, onde ficará em uma sala de Estado, espaço destinado a autoridades. >
A Polícia Federal confirmou, em nota, o cumprimento do mandado de prisão preventiva expedido pelo STF. A medida tem caráter cautelar e não corresponde ainda ao início do cumprimento da pena, já que o prazo para os últimos recursos da defesa termina na segunda-feira. Só após essa etapa o processo poderá transitar em julgado.>
Bolsonaro já estava em prisão domiciliar desde o início de agosto, também por ordem do STF.>
Bolsonaro e seus filhos
Segundo apurações da TV Globo, a decisão teve como fundamento a garantia da ordem pública. Até o momento, apenas Bolsonaro teve a prisão decretada. Outros condenados no mesmo caso seguem em liberdade. Já o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), também alvo de decisão de Moraes na sexta-feira, fugiu para os Estados Unidos após sua condenação no contexto da trama golpista.>
A determinação pela prisão do ex-presidente ocorreu um dia depois de o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocar apoiadores para uma vigília em frente ao condomínio onde Bolsonaro mora. O ex-presidente já estava em prisão domiciliar em outro processo, que investiga tentativa de obstruir o julgamento sobre a tentativa de golpe. Nesse caso paralelo, seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), é réu.>
Na noite anterior à decisão, a defesa de Bolsonaro pediu ao Supremo que a prisão domiciliar fosse mantida. Os advogados alegaram que o ex-presidente enfrenta problemas de saúde e que uma transferência representaria risco ao seu quadro clínico.>
“O certo é que a alteração da prisão domiciliar hoje já cumprida pelo peticionário terá graves consequências e representa risco à sua vida”, afirmou a defesa na petição enviada ao STF.>