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Tharsila Prates
Publicado em 15 de maio de 2025 às 21:45
A advogada Suzana Ferreira gravou um vídeo no Instagram para relatar o atendimento inusitado que teve esta semana. Ela disse que foi procurada por uma mulher, "mãe" de uma bebê reborn, para regulamentar a questão da guarda da boneca hiper-realista e dos custos que teve com a ex-companheira. A profissional disse que ficou "muito pensativa" sobre as demandas reais que o Judiciário brasileiro pode passar a receber e por acreditar que "a loucura da sociedade impacta diretamente na nossa profissão".>
Suzana voltou às redes sociais após o vídeo viralizar. Com mais de 126 mil curtidas e 17 mil comentários no post, a advogada comentou novamente: "Confesso que fiquei muito magoada depois que encerrei o atendimento. Eu não tive maturidade profissional para receber a demanda. Depois fiquei pensativa sobre a rede social. Quando deixamos de pensar só na loucura do enredo, é, sim, uma situação muito interessante para quem adora o direito digital", refletiu. Os nomes das envolvidas não foram divulgados e também não ficou claro como ela orientou a cliente.>
"Não é meme, pessoal. Hoje eu fiz o atendimento de uma mãe de uma bebê reborn e eu vou compartilhar com vocês por acreditar que a loucura da sociedade impacta diretamente na nossa profissão e vai ser uma enxurrada de problema pro judiciário que nós podemos barrar um pouco, né?", começa ela no vídeo de três dias atrás. >
"Eu não sou profissional da saúde, então não vou falar da loucura das pessoas, mas vou falar um pouco do que chega para nós na nossa profissão. Fui procurada por uma mãe de bebê reborn para regulamentar a situação dela, porque ela constituiu uma família, e a bebê reborn faz parte da família dela. Mas o relacionamento não deu certo e a outra parte insiste em conviver com a bebê reborn pelo apego emocional que teve", explica a advogada.>
Ela segue no vídeo dizendo que, durante o atendimento, foi dito que outra bebê reborn não solucionaria a questão pelo apego emocional que as partes já têm com o bebê. "A mulher [solicitante] achava justo a divisão dos custos porque a bebê reborn foi muito cara. Fizeram um enxoval, obviamente. Não é questão de convivência, mas de arcar com metade dos custos que tiveram com a bebê reborn, que tem um Instagram. A outra parte deseja ser administradora também, porque a conta já está rendendo. Eu fiquei muito pensativa sobre isso. Como o Judiciário vai receber essas questões? São demandas reais", coloca Suzana.>
Ao final do segundo post, ela devolve aos internautas a pergunta: "E aí? Qual é a opinião de vocês?".>