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'Não se justifica botar uma mulher que passou batom numa estátua 14 anos na cadeia', diz Moro

Em Salvador, senador e ex-ministro criticou rigor de penas do STF com "brasileiros que erraram"

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 4 de abril de 2025 às 12:56

Sérgio Moro
Sérgio Moro Crédito: Marcelo Camargo/Arquivo Agência Brasil

O senador Sergio Moro (União Brasil) criticou as penas impostas aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro em Brasília. Ele afirmou que não se pode aceitar que uma pessoa que "passou batom numa estátua" seja condenada a 14 anos de prisão. 

"Eu não poderia deixar de dizer o Brasil vive um momento delicado que a gente está vendo pessoas também sendo injustiçadas Enquanto se liberam criminosos perigosos, tem gente sendo punida desproporcionalmente", disse ele, ao final de sua fala durante o lançamento da pré-candidatura de Ronaldo Caiado (União Brasil) à Presidência. 

Ele continuou: "Os manifestantes lá do 8 de janeiro, não se justifica botar uma mulher que passou batom numa estátua 14 anos na cadeia. Não se justifica pegar senhoras que erraram, que se excederam, cidadãos brasileiros e colocar 17 anos de prisão na cadeia. Nós precisamos também defender essa causa. E estaremos defendendo essa causa para mudar o nosso país". 

Moro faz referência ao caso da cabelereira baiana Débora Rodrigues dos Santos, acusada de pichar "Perdeu, mané" na estátua "A Justiça" do Supremo Tribunal Federal. O caso integra a mesma investigação sobre os atos golpistas de 2023. Bolsonaristas têm usado o caso de Débora para dizer que há rigor da Justiça, afirmando que ela teria apenas usado um batom para pichar a estátua, sem cometer outros crimes. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, comentou o caso de passagem no julgamento que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro réu.

"Nenhuma Bíblia é vista e nenhum batom é visto nesse momento", destacou Moraes, referindo-se às imagens que mostravam os ataques ao Congresso, Palácio do Planalto e STF. O ministro classificou como "absurdo" alegações de que não teria havido agressões ou danos materiais durante os episódios.

Natural de Irecê, Débora gravou vídeo pedindo desculpas pelo episódio. Ela afirmou que o “calor da situação” fez com que ela agisse sem o domínio de suas faculdades mentais. A cabelereira pediu perdão e disse que o episódio não será repetido.