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Veja como ficou o apartamento onde Eloá foi morta após o crime

Documentário da Netflix mostra imagens do local e depoimentos da família 17 anos depois

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 13 de novembro de 2025 às 13:11

Imagens mostram local do crime
Imagens mostram local do crime Crédito: Reprodução

Imagens exibidas no documentário Eloá, lançado recentemente pela Netflix, revelam como ficou o apartamento onde a jovem de 15 anos foi baleada em Santo André (SP), em 2008. As cenas mostram sangue espalhado pela casa, inclusive nas paredes e nas almofadas do sofá onde a adolescente foi baleada por Lindemberg Alves, seu ex-namorado. Socorrida com vida, Eloá não resistiu e acabou falecendo.

As imagens foram feitas logo após o crime. O cenário é de destruição e violência: móveis revirados, objetos quebrados e marcas da tragédia que paralisou o país e foi transmitida ao vivo por emissoras de TV durante o sequestro.

Eloá ficou cerca de 100 horas refém sob poder de Lindemberg antes do desfecho trágico. Durante esse período, a polícia tentou negociar com Lindemberg Alves, houve cobertura intensa e Nayara Rodrigues, amiga de Eloá, chegou a ser libertada e depois voltou ao apartamento a pedido dos negociadores. Nayara foi baleada por Lindemberg, mas sobreviveu. 

Cenário de caos no apartamento após crime por Reprodução

“Eu desabei”

A produção da Netflix também traz o desabafo de Ana Cristina Pimentel, mãe de Eloá, que relembra o momento em que soube que a filha havia sido baleada.

“Aí juntou os médicos e um dos médicos falou assim: ‘o que eu pude fazer, eu fiz, agora só Deus porque ela levou tiro na cabeça. E o que a gente tinha que fazer, a gente já fez’. Aí eu… eu desabei. Porque até então eu não sabia que ela tinha levado tiro na cabeça.”

Ana Cristina contou ainda sobre a visita à filha no hospital, já em coma. “Disseram que ela tava em coma. Aí me levaram pra onde ela tava, eu passei mal. Eu falei: ‘filha, a mãe tá aqui’. Aí eu passei mal. Me tiraram de dentro da sala.”

Hoje, ela leva uma vida reservada em São Paulo, ao lado dos dois filhos e dos netos. “Eu fiquei sem chão, eu não sabia o que fazer. Eu queria morrer na hora. Mas aí meus dois filhos se abraçaram comigo, o Ronickson e o Douglas, e aí eu vi que eu tinha mais dois filhos.”

Ana Cristina Pimentel da Silva por Reprodução

Irmão de Eloá fala sobre culpa e amizade com Lindemberg

O documentário também mostra o reencontro de Douglas Pimentel, irmão mais novo de Eloá, com o passado que o marcou. Ele conta que convivia com Lindemberg antes do crime - os dois eram amigos e jogavam bola juntos.

“Eu sentia como se a culpa daquilo tudo fosse minha. Então, eu não sabia muito o que falar ali pra ela (a mãe). Eu só me culpava o tempo todo.”

Douglas relembra ainda o momento do julgamento do assassino. “Ele passou por mim e deu risada na cara de todo mundo! Ele não se arrependeu não.”

No documentário, ele aparece em imagens de arquivo sendo usado pela polícia, ainda adolescente, para tentar negociar a rendição do sequestrador. Na ligação, tenta convencer o amigo a se entregar, dizendo que o advogado já estava no local e que nada aconteceria com ele.

“Eu acreditava que podia resolver tudo sozinho”, contou, hoje mais maduro, sobre o episódio.

O irmão mais velho, Ronickson Pimentel, também aparece na série pedindo que a memória de Eloá prevaleça sobre a do assassino. “Para que o nome de Eloá permaneça como símbolo de inocência, e o do criminoso como lembrança da covardia. Sem idolatria de bandido", postou nas redes sociais.

Relembre o crime

Em outubro de 2008, Eloá Pimentel, então com 15 anos, foi feita refém por seu ex-namorado, Lindemberg Alves, dentro do próprio apartamento, em Santo André, no ABC paulista. Além dela, também estavam no local a amiga Nayara Rodrigues e dois outros adolescentes, que conseguiram sair no início do sequestro.

O cárcere durou mais de 100 horas e foi transmitido ao vivo por emissoras de televisão, acompanhando cada movimento do agressor e das forças policiais. A negociação terminou de forma trágica: Lindemberg atirou duas vezes contra Eloá, que não resistiu, e feriu Nayara, que sobreviveu.

A invasão do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) ocorreu após um barulho ser interpretado como disparo, mas depois se descobriu que era apenas uma mesa caindo.

Condenado a 98 anos de prisão, Lindemberg teve a pena reduzida para 39 anos e cumpre atualmente regime semiaberto.

Tags:

Caso Eloá Eloá Pimentel