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BYD ataca GM, Stellantis, Toyota e Volks; entenda o que aconteceu

Soberbo, fabricante chinês se refere aos rivais como dinossauros

  • Foto do(a) author(a) Antônio Meira Jr.
  • Antônio Meira Jr.

Publicado em 2 de agosto de 2025 às 11:00

Empresas como a Volkswagen, que produzem no Brasil, chegam a mais de 80% de nacionalização
Empresas como a Volkswagen, que produzem no Brasil, chegam a mais de 80% de nacionalização Crédito: Divulgação

A BYD tem adotado um comportamento polêmico no Brasil. Após ser investigada pelo Ministério Público do Trabalho por supostamente submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão durante a construção de sua fábrica em Camaçari, nesta semana, a empresa chinesa respondeu de forma irônica e desrespeitosa a uma carta enviada por quatro montadoras ao Governo Federal.

General Motors, Stellantis, Toyota e Volkswagen estão presentes no país há décadas. São responsáveis por investimentos, geração de empregos e uma rede de mais de 1.500 concessionárias, além das fábricas. Essas empresas trouxeram tecnologias muito antes mesmo de a BYD ser fundada. Construíram um legado e sabem lidar com críticas, inclusive da imprensa, com respeito.

Quem trabalha no setor automotivo espera diálogo, não ataques. Ninguém merece ser ridicularizado, muito menos explorado. Para quem não leu, a BYD enviou à imprensa um comunicado chamando as concorrentes de “dinossauros” e se autointitulando um “meteoro”. “Os dinossauros surtam”, diz um trecho da nota, referindo-se às demais montadoras. O texto também acusa as empresas e a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) de fazerem “chantagem emocional”.

Falta menos lacração e mais respeito a todos os envolvidos.

O QUE A BYD QUERIA

A BYD pressionava o governo por uma redução ampla e duradoura no imposto de importação para os kits desmontados (CKD e SKD) que usará na operação de Camaçari. O pedido não foi atendido integralmente. A empresa conseguiu isenção por seis meses, um prazo bem mais curto do que o desejado.

O QUE PEDIRAM AS OUTRAS

General Motors (Chevrolet), Stellantis (Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e Ram), Toyota e Volkswagen enviaram uma carta conjunta ao Governo Federal alertando sobre os riscos de conceder incentivos fiscais à importação de veículos desmontados.

As montadoras pediram isonomia nas regras e defenderam que não haja privilégios para quem importa com subsídios. No texto, lembram que há R$ 180 bilhões previstos em investimentos na indústria automotiva nacional nos próximos anos, um compromisso com o fortalecimento da produção local.

O QUE O GOVERNO DEFINIU

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu conceder um prazo de seis meses para a importação de veículos desmontados (CKD e SKD) com alíquota zero, limitado a US$ 463 milhões para todo o setor.

Depois disso, valerá a alíquota cheia de 35%, com antecipação do cronograma para janeiro de 2027. Para os veículos prontos, segue o cronograma de aumento gradual da alíquota até julho de 2026.

MAIS INVESTIMENTOS PARA A RANGER

A Ford anunciou a ampliação do investimento na fábrica de Pacheco, na Argentina, para o aumento da produção e lançamento de novas versões da Ranger na América do Sul. O novo aporte, no valor de US$ 40 milhões, eleva para US$ 700 milhões o total investido na planta para o lançamento da nova geração da picape, que tem registrado uma demanda crescente na região.

O aumento da velocidade da linha permitirá à planta atingir um ritmo de fabricação superior a 80 mil unidades anuais, o que representa um crescimento de 30% comparado a 2024 e 45% superior ao do ano de lançamento (2023), um recorde na produção da Ranger.

Cerca de 50% do volume da fábrica é destinado ao Brasil, principal mercado da picape, seguido da Argentina, Chile, Peru, Colômbia, Paraguai e Uruguai.

KINTO COMPLETA CINCO ANOS NO PAÍS

Além da comercialização de veículos, a Toyota também atua no Brasil com uma divisão de veículos premium, com a Lexus, e no ramo de locação, com a Kinto.

A divisão de aluguel está comemorando cinco anos de atividade no mercado brasileiro, onde atua com três serviços: Share, de aluguel e compartilhamento; One Personal, de assinatura de veículos; e One Fleet, de gestão de frotas corporativas.

Neste período, a empresa já soma mais de 17 mil contratos assinados e três mil clientes nos serviços de gestão de frota e assinatura de veículos (One Fleet e Personal). Na frente de locação de curto prazo, o Share está presente em aproximadamente 250 estações, com mais de 600 veículos disponíveis. São mais de 67 mil reservas realizadas e uma base de 16 mil usuários ativos.

EM SUVS EM ALTA NA STELLANTIS

O Fastback, primeiro SUV coupé da Fiat, chegou à marca de 150 mil unidades produzidas desde o lançamento, no terceiro trimestre de 2022. Outra empresa do grupo Stellantis, a Jeep, comemora 500 unidades do Compass vendidas no país. O SUV, desde 2016, é produzido em Goiana, Pernambuco.