Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Antônio Meira Jr.
Publicado em 31 de julho de 2025 às 10:00
Em 2020, o mundo ainda não sabia como seria e quanto tempo duraria a pandemia. A Chevrolet chegou a programar o lançamento do Tracker, mas precisou cancelar. Na época, ainda com muitas incertezas, recebi em casa o veículo para avaliação. Naquele momento, em março de 2020, a empresa era a líder de mercado no Brasil e o Onix, que tem a mesma base do Tracker, o carro mais vendido do país.>
Cinco anos depois, a Chevrolet - que está completando 100 anos no mercado brasileiro - não vive seu melhor momento. A empresa, controlada pela General Motors, é atualmente a terceira colocada no ranking de vendas. Porém, o Tracker está indo muito bem. É o quarto modelo mais vendido da sua categoria, teve 27.238 unidades emplacadas entre janeiro e junho. Ficou atrás do Volkswagen T-Cross (44.529), Honda HR-V (32.002) e Hyundai Creta (31.177). >
Desde o lançamento dessa geração, o Tracker é o SUV mais vendido da América do Sul no acumulado dos anos. Para tentar ampliar a competitividade do representante entre os SUVs compactos, a Chevrolet promoveu alguns ajustes no veículo. O primeiro deles vai além das alterações no produto, a garantia passou de três para cinco anos. Entre os rivais citados, apenas o Creta conta com essa cobertura. Essa ampliação mostra que a empresa está atenta às movimentações do mercado, já que o Yaris Cross, Toyota que chegará em outubro, terá até dez anos de garantia.>
Em relação aos ajustes, a carroceria tem novidades focadas na dianteira. Todo o conjunto foi atualizado: os faróis, a grade e os para-choques. Inclusive nessa última peça, uma solução integra elementos aerodinâmicos e os faróis auxiliares, agora também em LED. As rodas são inéditas e as lanternas traseiras com lente cristal completam o pacote de atualizações externas.>
Na cabine, destacam-se o novo quadro de instrumentos digital e a nova central multimídia, respectivamente de 8 e 11 polegadas. Esses equipamentos são integrados e seguem o mesmo estilo que o fabricante introduziu no Spin e na S10. A empresa aproveitou para atualizar os materiais e grafismos utilizados no painel frontal. Inclusive, a composição das cores utilizadas na versão esportiva RS é bastante chamativa, no estilo ame ou odeie. Para as demais, os acabamentos são mais sóbrios.>
Os bancos dianteiros são novos, e a mudança não se resume ao acabamento. Eles ganharam nova conformação e espumas de densidades variáveis, que aumentam o suporte ergonômico. Faltou incorporar ajuste de altura do cinto de segurança do passageiro da frente e saídas de ar para o banco traseiro.>
Chevrolet Tracker 2026
POR BAIXO DA CARROCERIA>
Por baixo da carroceria também foram feitos ajustes, como uma nova calibração da direção elétrica, mudança no composto dos pneus e a suspensão foi recalibrada. Dessa forma, juntamente com os ajustes nos bancos, o veículo ficou mais agradável de ser dirigido.>
Por fim, a engenharia fez atualizações nos motores turbo flex de três cilindros, o 1.0 e o 1.2 - ambos com injeção direta de combustível e sempre associados a um câmbio automático de seis marchas. Utilizado nas versões Turbo AT, LT e LTZ, o 1 litro turbo entrega 115 cv de potência com etanol ou gasolina. O torque máximo é maior com etanol, 18,9 kgfm, com gasolina chega a 18,3 kgfm. Na cidade, faz 8,1 km/l (etanol) e 11,5 km/l (gasolina). No uso rodoviário, faz 9,9 km/l (e) e 13,8 km/l (g).>
O 1.2 litro turbo, aplicado nas versões RS e Premier, rende 139 cv de potência com gasolina e 141 cv com etanol. Há também uma pequena diferença no torque: 22,9 kgfm (e) e 22,4 kgfm (g). Em relação ao consumo, no trânsito urbano, a média aferida pelo Inmetro é de 7,6 km/l (e) e 11 km/l (g). Em estrada, 9,7 km/l (e) e 13,7 km/l (g).>
A opção mais acessível do Tracker é a Turbo AT, que custa R$ 119.900. Na sequência, vem a LT (R$ 154.090) e a LTZ (R$ 169.490). As versões com motor 1.2: Premier (R$ 189.590) e RS (R$ 190.590).>
*O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA GM>