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Com crescimento abaixo do esperado, mercado assiste ao avanço de empresas tradicionais

Empresas como Ford, Volkswagen e Iveco cresceram neste ano mesmo com a chegada de novas montadoras

  • Foto do(a) author(a) Antônio Meira Jr.
  • Antônio Meira Jr.

Publicado em 29 de dezembro de 2025 às 14:00

Na Volks, o Tera foi o maior destaque neste ano
Na Volks, o Tera foi o maior destaque neste ano Crédito: Divulgação

Na média, o aumento nas vendas de automóveis e comerciais leves foi menor que o esperado. No acumulado entre janeiro e novembro, o crescimento foi de apenas 1,8%. No entanto, algumas marcas tiveram um crescimento bastante superior, como foi o caso da Ford. Em seu novo modelo de negócio, iniciado há quatro anos, a empresa americana ampliou suas vendas em 12,3%.

“Em 2025, fizemos grandes lançamentos que foram bem recebidos pelo mercado e, pelo terceiro ano consecutivo, estamos registrando um crescimento de dois dígitos tanto no Brasil como em toda a região”, destaca Martín Galdeano, presidente da Ford América do Sul. O principal executivo da companhia na região confirmou que o plano é realizar 20 ações de produto nos próximos dois anos e citou a configuração plug-in da Ranger como um desses lançamentos em 2027.

A Volkswagen também fez seu balanço anual e foi outra empresa que ampliou seu mercado no país. O avanço do fabricante alemão foi de quase 8% no acumulado do ano no Brasil, com mais de 388 mil unidades vendidas entre janeiro e novembro. Na América Latina, a VW teve forte expansão com crescimento de 18%.

Ciro Possobom, presidente e CEO da VW no país, reforçou que o objetivo da marca é democratizar a eletrificação com o lançamento de modelos híbridos flex com produção nacional. O executivo afirmou ainda que a VW está engajada em ampliar os equipamentos de auxílio à condução (ADAS) e conectividade com inteligência artificial. 

O sucessor do Fiat Argo foi confirmado pela Stellantis por Divulgação

Entre os produtos, além de exaltar o excelente desempenho do Tera, que é um sucesso de vendas no país e crescente na exportação, Possobom confirmou o lançamento da nova geração do Tiguan no mercado brasileiro. Conforme antecipei durante a cobertura do Salão de Los Angeles, nos Estados Unidos, o SUV continuará sendo importado do México. Porém, nessa atualização tem apenas a opção de cinco lugares.

CONGLOMERADO AVANÇA

No seu balanço de final de ano, a Stellantis, empresa que nasceu há quatro anos a partir da fusão da FCA com a PSA, anunciou novos veículos em suas três fábricas no Brasil. Em Goiana, Pernambuco, irá montar veículos híbridos da chinesa Leapmotor. Na planta de Porto Real, no Rio de Janeiro, vai iniciar a produção do Jeep Avenger - que será posicionado abaixo do Renegade.

“Neste ano, reforçamos nossa liderança comercial, operacional, industrial e estratégica no mercado automotivo brasileiro. À medida que a Stellantis amadurece, a nossa capacidade de investir nas nossas marcas também melhora a cada ano, o que reflete nos números em 2025”, celebra Herlander Zola, presidente da Stellantis para a América do Sul.

Sua principal marca no país, com mais de 476 mil veículos emplacados no acumulado do ano e crescimento de 2,4%, a Fiat se prepara para celebrar 50 anos no mercado nacional. E é em sua fábrica em Betim, Minas Gerais, que terá seu principal lançamento, um hatchback. Será o modelo vendido na Europa como Grande Panda, que avaliamos em setembro na Itália, e que poderá ser rebatizado como Argo ou Uno no país.

O primeiro lançamento do grupo no próximo ano será uma picape, a Ram Dakota. Com a base da Fiat Titano, o utilitário já está em produção na Argentina e irá disputar a categoria que atualmente é dominada pela Toyota Hilux.

Entre os veículos comerciais, a Iveco apresentou ótimos resultados mesmo com o mercado em retração
Entre os veículos comerciais, a Iveco apresentou ótimos resultados mesmo com o mercado em retração Crédito: Divulgação

DESTAQUE ENTRE PESADOS

O mercado de caminhões não vive o seu melhor momento. A retração no acumulado do ano foi de 8,3%, ou seja, enquanto de janeiro a novembro de 2024 a frota de veículos comerciais foi ampliada em 110.297 unidades, neste ano os emplacamentos caíram para 101.107 exemplares.

“O mercado está mais seletivo, com empresas de diferentes setores alongando o ciclo de uso dos veículos e avaliando, com mais cuidado, novos investimentos, à espera de um ambiente mais favorável e previsível”, avalia Arcelio Junior, presidente da Fenabrave, entidade que reúne os revendedores de veículos novos.

Neste cenário, a Iveco se destacou. Cresceu 11% no período e foi a marca que se destacou entre os grandes fabricantes do setor. Esse avanço fez a montadora assumir a quarta posição, ultrapassando pela primeira vez a Scania. 

Marcio Querichelli, presidente da América Latina, explicou que um novo ciclo já está em execução: R$ 510 milhões em pesquisa e desenvolvimento até 2028, reforçando a agenda de inovação e competitividade.

*O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA FORD, IVECO, STELLANTIS E VW