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Antônio Meira Jr.
Publicado em 17 de outubro de 2025 às 15:00
Inicialmente, o Honda WR-V era um veículo derivado do Fit. Apesar de reforços, como a utilização da barra de direção do HR-V, sua base era o monovolume. O que não tira o mérito da primeira geração, oferecida no país entre 2017 e 2021.>
Agora, o WR-V voltou, mas como um produto independente e com linhas exclusivas. Seu porte é comparado ao do HR-V, e, inclusive, supera o companheiro de portfólio na altura. Seu porta-malas também é maior: são 458 litros contra 354 litros do “irmão”.>
O novo modelo começa a ser comercializado hoje em duas versões: EX (R$ 144.900) e EXL (R$ 149.900). No entanto, o cliente que comprar agora só vai receber o veículo a partir da segunda quinzena de novembro, quando a Honda começar a distribuí-lo para suas concessionárias. >
Honda WR-V 2026
Por isso, se você se interessou por esse veículo, e ele tem atributos bem interessantes, incluindo uma inédita garantia total de seis anos da Honda, leia com atenção os próximos parágrafos. >
Produto global, que já é comercializado em mercados como Índia e Japão, o WR-V começou a ser produzido recentemente na planta de Itirapina, no interior de São Paulo. Para ter preços competitivos, a engenharia aplicou nesse SUV a mesma plataforma do City e do HR-V.>
Esses modelos também compartilharam o conjunto motriz com o novo veículo: motor 1.5 litro e câmbio automático (CVT). Dessa forma, a companhia japonesa consegue otimizar custos de desenvolvimento e produção. Para o cliente, a vantagem nesse aspecto é ter no mercado diversas peças em comum.>
No entanto, não há mágica. Para deixar um automóvel do porte do HR-V com preços menores, alguns equipamentos foram adequados. Entre outros itens, o sistema de freios é diferente: enquanto o HR-V utiliza discos na traseira, no WR-V são aplicados tambores. Na cabine, no lugar da tecla para o freio de estacionamento elétrico, adotado no City e no HR-V, entra a alavanca tradicional.>
Possivelmente, a maior perda em relação à primeira geração está na modularidade interna. O sistema magic seat, que possibilita dobrar os bancos traseiros de diversas formas para acomodar objetos mais largos e mais altos, saiu. De qualquer forma, o espaço atrás é muito bom e foram instaladas saídas de ar-condicionado.>
DUAS OPÇÕES>
O WR-V é bem equipado desde a versão inicial, que tem um bom sistema de auxílios à condução. Entre outros equipamentos, são oferecidos piloto automático adaptativo, sistema de frenagem automática para mitigação de colisão e ajuste automático do facho do farol.>
Desde a opção EX, a Honda entrega partida por botão, aletas para trocas manuais de marcha atrás do volante, seis airbags e faróis em led. Para o EXL, são agregados: acabamento em couro, carregador de celular por indução e descansa braço traseiro. >
Além disso, só o topo de linha oferece os serviços de carro conectado da marca, o My Honda Connect. Ele oferece funções como partida remota, localização e até a possibilidade de checar a autonomia a distância, pelo celular.>
Em ambos, o motor 1.5 aspirado, que tem injeção direta de combustível, entrega 126 cv de potência com etanol e/ou gasolina. O torque máximo é de 15,5 kgfm com gasolina e 15,8 kgfm com etanol. >
O fabricante japonês ainda não disponibilizou o veículo para avaliação dinâmica, no entanto, compartilhou os dados de consumo aferidos pelo Inmetro. Com gasolina, o WR-V faz 12 km/l na cidade e 12,8 km/l na estrada. Com etanol, o urbano cai para 8,2 km/l e o rodoviário para 8,9 km/l.>
BOA FASE NO PAÍS>
Enquanto a indústria automotiva apresenta um crescimento médio de 3% no acumulado entre janeiro e setembro, a Honda cresceu 15%. Neste período, o destaque foi o HR-V, que teve 45.153 unidades emplacadas, o que corresponde a mais de 60% dos licenciamentos da empresa em 2025.>
Porém, a Honda quer mais e a nova geração do WR-V é prova disso. Esse SUV é um dos frutos do investimento de R$ 4,2 bilhões que a empresa prometeu para o Brasil até 2030.>
*O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA HONDA>