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Donaldson Gomes
Publicado em 6 de novembro de 2025 às 05:00
Ela tinha razão >
Quando a ex-presidente Dilma Rousseff falou em “estocar o vento”, lá em 2015, todo mundo riu – este colunista incluído –, mas não é que esta profecia dela vem se confirmando? O Complexo Eólico Tanque Novo, no Sudoeste da Bahia, pode ser o berço da solução para um dos maiores desafios da indústria de energia renovável no Brasil. A CGN Brasil Energia e a Goldwind assinaram um contrato de cooperação para um projeto-piloto de armazenamento da energia em baterias de grande capacidade (BESS). O sistema será instalado numa das turbinas do parque para testar a redução de perdas na geração com as restrições na rede elétrica. É apenas um piloto, entretanto deve-se lembrar que o armazenamento de energia é uma das bolas da vez no setor elétrico. Há menos de um mês, o ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira prometeu para o início de 2026 o primeiro leilão exclusivo para baterias, com capacidade de 2GW. >
Grande oportunidade>
Para Rafael Valverde, diretor Sowitec Brasil, os sistemas BESS são uma grande oportunidade para as Renováveis, em um “momento em que precisamos trazer flexibilidade e segurança operacional para o sistema”. Ele destaca a importância do leilão, mas ressalta a necessidade da definição dos parâmetros da disputa, como modelos de contratos, regras para licenciamentos ambientais, estruturação financeira e de garantias, aspectos regulatórios e técnicos da integração à rede. “Temos discutido com os representantes do governo como potencializar o recurso energético do estado com estas soluções. Atualmente, estamos reavaliando todo o nosso portfólio e incluindo BESS como parte dos empreendimentos”, diz o executivo. “Independente da forma, temos convicção de que o BESS é uma realidade inexorável e que a Bahia, especialmente se melhorar suas condições de conexão ao Sistema Interligado Nacional, poderá ter papel preponderante no desenvolvimento destes arranjos”, projeta.>
Retorno gigante>
Um estudo do Itaú Empresas, com a Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que as micro e pequenas empresas que contam com apoio estratégico, como o ofertado pelo banco, sobrevivem 30% mais após 5 anos, crescem com consistência e possuem maior diversificação. O estudo também investigou o impacto agregado direto e indireto da concessão de crédito do banco para essas empresas e, no caso da Bahia, o impacto da injeção de crédito representou 0,73% do PIB do estado em 2024. Também assegurou 1,98% dos empregos, um montante próximo da média nacional de 2,60%. O estudo também analisa a base de clientes ativos do Itaú Empresas – que atende micro, pequenos e médios negócios com faturamento anual que vai, em média, até R$ 60 milhões anuais. >
Busca entender como os efeitos ultrapassam as fronteiras e impactam na economia brasileira, examinando o que acontece com o país quando milhões de PMEs se tornam mais fortes e tomam crédito de forma mais inteligente, de acordo com as reais necessidades e capacidades. O resultado gerou um efeito agregado direto e indireto em toda a cadeia produtiva, totalizando uma injeção nacional de R$ 97 bilhões por ano em impacto sobre o PIB, 1,2 milhão de empregos assegurados anualmente, R$ 45 bilhões em renda das famílias e R$ 31 bilhões em arrecadação tributária. “O efeito multiplicador do crédito para as pequenas e médias – estimado em 1,56, ou seja, cada R$ 1 concedido em crédito pelo Itaú Empresas gera R$ 1,56 em PIB”, explica Daniel da Mata, professor da FGV que liderou a pesquisa. >
Carbono zero>
O arquiteto Walter Schimmelpfeng, da Andrade Schimmelpfeng, investiu cerca de R$ 2,5 milhões na requalificação da Casa 11, concebida para ser a primeira casa unifamiliar carbono neutro do país. Entre Brotas e o Horto, a residência traduz a harmonia entre design contemporâneo e responsabilidade ambiental. Cada detalhe foi pensado para minimizar impactos e regenerar o entorno: energia proveniente de fontes renováveis, reuso inteligente da água da chuva, iluminação de baixo consumo e paisagismo funcional que fortalece o ecossistema local. Um dos símbolos mais potentes do projeto é a porta principal, de plástico reciclado — o equivalente ao consumo médio anual de uma pessoa. Mais do que uma escolha estética, é uma afirmação ética sobre o futuro da arquitetura e da vida urbana.>
Gente>
O Tecon Salvador, do grupo Wilson Sons, vai discutir o papel das pessoas no mercado de transportes no XII Seminário de Logística, que acontece nesta quinta-feira (dia 06), com o tema "Gente que move o Brasil: desenvolver talentos, impulsionar oportunidades". O evento para convidados, no Trapiche Barnabé, terá a participação de Gustavo Coimbra, diretor no Brasil da LHH Recruitment Solutions, Isa Castro, gerente de relações humanas na Kordsa, Rodolpho Abrantes, gerente de recursos humanos da Wilson Sons, e o jornalista Donaldson Gomes, editor do CORREIO, como mediador do painel.>
Logística>
Na sexta-feira (dia 7), a Usuport promove a II Conferência Nacional de Usuários dos Transportes de Cargas - CONUT, na sede da Fieb, Stiep. É o maior encontro com associações de usuários do setor logístico do país. A Conferência marca o lançamento oficial desta Coalizão, comprometida em fortalecer o diálogo entre usuários, operadores e o poder público, visando à eficiência, competitividade e sustentabilidade do transporte de cargas no Brasil. >