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Agência Correio
Publicado em 29 de outubro de 2025 às 09:00
Pesquisas recentes sugerem que algumas vacinas podem estar ligadas à diminuição do risco de desenvolver demência, principalmente em adultos mais velhos. Além de proteger contra doenças infecciosas, essas vacinas parecem contribuir para a preservação da saúde cerebral e podem ajudar a retardar o declínio cognitivo. >
Entre elas, as vacinas contra a gripe, herpes zóster, Tdap (tétano, difteria e coqueluche) e VSR (vírus sincicial respiratório) mostram as associações mais consistentes com a redução do risco de demência. >
A vacina contra a gripe, por exemplo, foi associada a uma diminuição significativa do risco de Alzheimer em alguns estudos. A vacinação contra o herpes zóster apresenta evidências ainda mais sólidas, com redução aproximada de 20% no risco. >
Vacina
Já as vacinas contra Tdap e VSR também foram relacionadas a menores chances de desenvolver demência, especialmente quando combinadas com outras imunizações. Apesar de essas associações serem correlacionais e não comprovadamente causais, elas reforçam a importância da vacinação de rotina em adultos.>
A vacinação anual contra a gripe não protege apenas contra a infecção pelo vírus, mas também pode reduzir o risco de declínio cognitivo. Estudos recentes mostram que pessoas que recebem a vacina têm menores chances de desenvolver Alzheimer nos anos seguintes. >
Uma pesquisa com adultos com 65 anos ou mais apontou que aqueles que se vacinaram apresentaram até 40% menos probabilidade de desenvolver a doença nos quatro anos seguintes.>
Outro estudo realizado em 2024 indicou uma redução de 17% no risco de demência entre os vacinados contra a gripe. Esses resultados sugerem que prevenir infecções respiratórias graves pode ter impacto positivo na saúde cerebral e no envelhecimento cognitivo.>
A vacinação contra o herpes zóster tem mostrado resultados consistentes na diminuição do risco de demência. Estudos com grandes populações acompanharam adultos ao longo de vários anos e encontraram redução significativa do risco entre os vacinados. >
Esses achados indicam que a vacina, ao prevenir a reativação do vírus varicela-zóster, protege não apenas contra a dor e complicações da doença, mas possivelmente também contra o comprometimento cognitivo.>
Em pesquisas realizadas em diferentes países, a vacina apresentou efeitos benéficos sobre o risco de demência, reforçando sua importância para adultos mais velhos. A prevenção da reativação viral parece desempenhar um papel importante na manutenção da função cerebral.>
As vacinas contra Tdap e vírus sincicial respiratório também mostraram associações com menor risco de demência. Embora essas relações ainda não sejam comprovadamente causais, os resultados indicam que prevenir infecções graves pode ajudar a proteger a saúde cerebral. >
Adultos mais velhos, em especial, podem se beneficiar dessas imunizações como parte de uma estratégia ampla de prevenção de doenças.>
Além disso, a proteção contra infecções respiratórias graves pode contribuir para a preservação da função cognitiva e reduzir o impacto de complicações que aceleram o declínio cerebral.>
Pesquisadores levantam duas hipóteses para explicar a associação entre vacinas e menor risco de demência. A primeira é que a prevenção de infecções graves reduz inflamações que poderiam acelerar o declínio cognitivo. A segunda sugere que a própria vacinação estimula o sistema imunológico de maneira benéfica, potencialmente protegendo o cérebro.>
Essas duas explicações podem atuar em conjunto. No entanto, ainda são necessários mais estudos para entender exatamente como as vacinas influenciam a saúde cerebral e confirmar essas relações de forma definitiva.>