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Brasil passará a fazer parte de um novo continente; entenda

Cientistas revelam como será a Pangeia Próxima e por que ela se tornará um mundo inóspito e extremamente quente

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 3 de setembro de 2025 às 08:00

Brasil fará parte do novo supercontinente, mas a vida para mamíferos enfrentará desertos e calor acima de 60°C
Brasil fará parte do novo supercontinente, mas a vida para mamíferos enfrentará desertos e calor acima de 60°C Crédito: YouTube

A Terra, como conhecemos, está com os dias contados. Cientistas preveem que, em 250 milhões de anos, os continentes atuais se reunirão para formar uma única e gigantesca massa de terra, um novo supercontinente batizado de Pangeia Próxima.

Apesar de ser um evento distante, o estudo alerta para um futuro extremamente quente e inóspito, onde a maior parte do planeta se transformaria em um vasto deserto, dificultando a sobrevivência da vida como a conhecemos.

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Em um trabalho fascinante que mistura geologia e climatologia, pesquisadores da Universidade de Bristol, na Inglaterra, usaram modelos computacionais para simular como será a face do nosso planeta em um futuro quase inimaginável. O Brasil, é claro, terá um assento nessa nova configuração global.

Como será a Pangeia próxima?

A deriva continental, movimento lento e constante das placas tectônicas, é a força por trás dessa mudança épica. A África colidirá com a Europa, a Austrália se unirá à Ásia, e as Américas e a Antárctica se encontrarão para, então, se juntarem ao bloco principal.

O estudo prevê que o novo continente ficará concentrado na posição da África atual. Entretanto, essas projeções deixam de fora a Nova Zelândia, que, segundo a pesquisa, ficará isolada do supercontinente.

Qualquer ser humano ou animal vivo nessa época acharia impossível uma viagem intercontinental.

Por que o novo supercontinente será tão quente?

A principal revelação do estudo é o clima hostil deste mundo futuro. Um supercontinente reteria mais calor do que os continentes atuais.

Isso acontece porque a maior parte da área terrestre estaria longe dos mares, que oferecem resfriamento no verão e aquecimento no inverno.

Segundo o pesquisador Alexander Farnsworth, um dos autores do estudo, "esse efeito dobra a temperatura média da superfície terrestre".

Além disso, o calor pode mais que dobrar. A pesquisa de Farnsworth sugere que a formação do supercontinente liberaria gases do efeito estufa. Quando os continentes colidem, vulcões podem liberar dióxido de carbono, o que aqueceria ainda mais o planeta.

O estudo estima que a atmosfera teria quase 50% mais dióxido de carbono em comparação com os níveis atuais.

Um mundo dominado por desertos

O triplo impacto desses fatores – continentalidade, vulcanismo e um sol mais forte – tornaria a Pangeia Próxima um lugar brutal. Com o nível esperado de gases do efeito estufa, quase metade do planeta se tornaria um deserto.

A pesquisa prevê que partes da gigantesca massa terrestre poderiam atingir 60 °C durante o verão. A vida de plantas seria difícil com as temperaturas acima de 40 °C. Apenas 16% de toda a terra seriam considerados habitáveis, possivelmente nas extremidades norte e sul.

Um recado para o presente

Apesar de focar em um horizonte de centenas de milhões de anos, os cientistas fazem um alerta crucial para o presente. Eles reforçam que essas projeções de longo prazo não devem ser uma desculpa para adiar ações contra a crise climática atual.

Pelo contrário, servem como um aviso sobre os perigos do aquecimento global descontrolado. "Precisamos garantir que o clima permaneça em condições mais frias e favoráveis se quisermos continuar a prosperar", conclui Farnsworth.

A mensagem é clara: o futuro distante depende das escolhas que fazemos hoje.