Bruce Dickinson compara políticos brasileiros ao diabo durante show: 'Rabo e chifres'

Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden, provou mais uma vez que sua voz e fôlego seguem em plena forma ao se apresentar no The Town, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo , neste domingo (7). Aos 67 anos, o inglês encantou a plateia com sua presença de palco e trejeitos operísticos, correndo e gesticulando sem parar.

“Hoje é especial, porque completam-se 40 anos desde a primeira vez que toquei aqui”, comemorou Dickinson, que se tornou cidadão honorário da cidade de Curitiba.

No repertório, ele abriu com “Accident of Birth”, faixa de seu trabalho solo, e incluiu músicas do novo álbum conceitual “Mandrake Project”, lançado em 2024 após quase duas décadas sem inéditas. Entre elas, “Resurrection Men” e “Rain on the Graves”, na qual brincou sobre a presença do diabo: “E você vê um homem grande, com rabo e chifres... e diz: ‘Quem é esse bosta? É um político brasileiro?’ Não, é apenas o diabo”.

Apesar da novidade, o público manteve o tradicional balanço de cabeça característico dos shows de metal, cantando apenas em momentos como “Tears of the Dragon” e participando da rodinha punk em “Book of Thel”.

O fechamento do show também trouxe surpresas: Bruce escolheu tocar “Flash of the Blade”, do clássico disco do Maiden de 1984, “Powerslave”. A faixa nunca havia sido apresentada ao vivo antes desta turnê.

O show reforçou o vínculo de Bruce Dickinson com o público brasileiro, confirmando que, com ou sem Iron Maiden, o cantor continua a dominar os palcos.