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Cientistas descobrem planeta fora do Sistema Solar que pode abrigar vida humana

Novos dados obtidos com o telescópio James Webb sugerem que o TRAPPIST-1e tem uma atmosfera densa

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 19 de outubro de 2025 às 10:00

Impressão artística do TRAPPIST-1e
Impressão artística do TRAPPIST-1e Crédito: Imagem: NASA/JPL-Caltech

Uma nova pesquisa aponta que o exoplaneta TRAPPIST-1e, localizado em um sistema a 40 anos-luz da Terra, pode ter uma atmosfera semelhante à nossa. A descoberta, feita com o telescópio James Webb, é um avanço significativo na busca por vida fora do nosso planeta. Este exoplaneta já era um candidato promissor por estar na zona habitável de sua estrela.

A cada nova descoberta, a busca por vida fora da Terra se torna mais instigante. O planeta TRAPPIST-1e, já conhecido por estar em uma região propícia para a presença de água líquida, agora se destaca por outro motivo. 

O futuro da Terra: quando o planeta pode se tornar quente demais para a vida por Imagem gerada por IA

As novas análises sugerem que ele pode ter uma atmosfera densa, um fator essencial para o desenvolvimento de vida como a conhecemos. As observações recentes reforçam a sua posição como um dos alvos mais importantes para a ciência.

Os indícios foram apresentados pela equipe de Ryan MacDonald, da Universidade de St. Andrews, no Reino Unido. As conclusões definitivas ainda precisam de mais observações e devem ser divulgadas em 2026. Saiba mais sobre o que faz esse planeta tão especial.

Sistema TRAPPIST-1 e seus exoplanetas

O TRAPPIST-1e faz parte do sistema TRAPPIST-1, um sistema estelar que orbita uma estrela anã vermelha. É um dos mais próximos de nós em termos cósmicos, a uma distância de "apenas" 40 anos-luz. 

O diâmetro da Via Láctea é de 105 mil anos-luz. O sistema é formado por uma anã vermelha orbitada por sete planetas, e três deles estão na zona habitável, ou seja, na distância correta de sua estrela para que a água possa existir em estado líquido em sua superfície.

Planetas fora do nosso sistema solar são chamados de exoplanetas. A NASA já confirmou a existência de mais de 6 mil exoplanetas apenas na nossa galáxia. 

Levando em consideração que o número de estrelas na Via Láctea está na ordem das centenas de bilhões e que quase toda estrela pode ter um ou mais planetas ao seu redor, as estimativas calculam a existência de trilhões de exoplanetas somente na Via Láctea.

O que torna ele promissor

A vida, até onde sabemos, só consegue se desenvolver na presença de água ou em meio aquoso. Por isso, a descoberta de um planeta na zona habitável de sua estrela já é, por si só, uma grande novidade. Mas o TRAPPIST-1e é um candidato ainda mais forte para abrigar vida. A equipe de Ryan MacDonald, da Universidade de St. Andrews no Reino Unido, mostrou que o exoplaneta pode ter uma atmosfera parecida com a nossa.

A possível descoberta foi feita com base em observações do telescópio James Webb e divulgadas no The Astrophysical Journal Letters. Os resultados conclusivos, contudo, necessitam de mais observação e novas análises, e provavelmente devem sair em 2026, quando teremos certeza se ele tem ou não uma atmosfera.

O processo científico é lento e gradual, mas cada nova pequena descoberta é um passo a mais na busca por novidades incríveis.

A importância da atmosfera

A descoberta de uma atmosfera densa em nitrogênio no TRAPPIST-1e, semelhante à da Terra, seria um passo enorme na busca por vida. Caso a presença seja confirmada, a próxima etapa da investigação será a busca por gases que retêm calor, como o metano e o dióxido de carbono, para estimar a temperatura de sua superfície. As chances dele abrigar vida sobem muito se o planeta possuir uma temperatura parecida com a da Terra.

Os cientistas ainda não conseguem afirmar com certeza a existência da atmosfera. As observações atuais com o James Webb são promissoras, mas ainda precisam de confirmação.

A importância dessa descoberta reside em colocar o TRAPPIST-1e no topo da lista de alvos para futuras missões e estudos, consolidando-o como um dos exoplanetas mais intrigantes já descobertos. A busca por outros mundos habitáveis continua a impulsionar a ciência e a tecnologia.