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Como a IA pode ajudar casais inférteis a engravidar

Algoritmos ajudam a avaliar óvulos, prever embriões viáveis e reduzir incertezas no tratamento da infertilidade

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 18 de setembro de 2025 às 05:00

Com IA, a precisão na FIV cresce: menos tentativas, menos custos emocionais e resultados mais seguros
Com IA, a precisão na FIV cresce: menos tentativas, menos custos emocionais e resultados mais seguros Crédito: Freepik

A inteligência artificial está redesenhando o panorama da fertilização in vitro (FIV) ao auxiliar casais que enfrentam infertilidade a aumentar as chances de gravidez. Algoritmos avaliam qualidade de óvulos, estimam embriões necessários e ajudam em decisões que antes dependiam só da experiência humana.

Grávida por Shutterstock

Segundo dados da Anvisa, em 2024 foram realizados 55.971 ciclos de FIV no Brasil – e a IA promete reduzir o número de ciclos repetidos, ajudar no congelamento mais eficiente dos embriões e aliviar o desgaste emocional e financeiro dos casais.

A infertilidade atinge cerca de 17,5% dos adultos no mundo, segundo a OMS, cifra que impulsiona o uso de tecnologia médica avançada. A IA, ao analisar grandes volumes de dados e imagens, está se tornando uma aliada valiosa na medicina reprodutiva.

Como funciona a IA na fertilização in vitro

A IA entra em cena quando há um banco de dados robusto, incluindo imagens e histórico de pacientes. Ela avalia a qualidade dos óvulos com precisão superior à visão microscópica humana. Essa “pontuação” ajuda a estimar a probabilidade de sucesso e a decidir quantos embriões criar sem necessariamente submeter o óvulo a riscos.

Essa capacidade de análise permite que médicos façam escolhas mais informadas: quais gametas usar, como priorizar embriões e quando intervir. O uso da IA “gerou avanços expressivos na jornada dos casais que querem engravidar e buscam a FIV”, segundo Verônica Ferraz, diretora da Clínica Geare, em entrevista à Veja.

Além disso, a IA oferece insights personalizados. Com base nas condições individuais de cada paciente — como histórico reprodutivo, dados hormonais e desenvolvimento embrionário — é possível adaptar o tratamento para aumentar as chances de nascidos vivos.

Vantagens no congelamento de embriões

Antes da IA, a decisão sobre quantos embriões congelar dependia muito da experiência médica e de avaliações clínicas subjetivas. Agora, com modelos de IA, estima-se com maior precisão quantos embriões serão necessários para ter boas chances de gestação futura.

Isso traz duas vantagens importantes: menores custos financeiros (menos ciclos repetidos) e menor desgaste emocional para quem passa pelo processo. A incerteza reduzida contribui para mais tranquilidade durante os tratamentos.

No Brasil, foram congelados 544.983 embriões desde 2020, sendo 128.180 apenas em 2024, segundo a Anvisa. Esses números mostram que a aplicação tecnológica já está em escala significativa.

Desafios e ética sob a lente da IA

Apesar dos benefícios, ainda existem obstáculos. A qualidade dos dados é crucial para resultados confiáveis. Imagens de baixa resolução ou variabilidade entre laboratórios podem comprometer as previsões da IA.

Outro ponto sensível é a decisão ética: quantos embriões devem ser criados? O uso de IA facilita a estimativa, mas requer diretrizes claras para evitar práticas desiguais ou abusivas.

Finalmente, há a regulamentação e as normas de privacidade dos pacientes. Garantir que as informações pessoais e genéticas sejam protegidas é parte essencial no uso responsável da IA em reprodução assistida.