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O que realmente acontece após a morte, segundo a ciência

Todos os povos possuem crenças, mas a ciência investiga os fatos

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 18 de setembro de 2025 às 06:00

Corpo leva 30 anos para se decompor por completo
Corpo leva 30 anos para se decompor por completo Crédito: Imagem: Pexels

Todos vamos morrer um dia, isso é fato. Mas o que acontece depois disso é um dos mistérios que assolam a humanidade desde nossos primórdios. E descobrir essa resposta é também trabalho da ciência.

Enterro por Shutterstock

Os hindus acreditam em Samsara, um ciclo de reencarnações. Já nas religiões cristãs, o destino pode ser tanto o paraíso quanto o inferno ou o purgatório, a depender do que fazemos em vida. Vikings, egípcios, gregos, tupis, todos eles possuíam crenças para o que acontece depois da morte.

Mas o que a maioria das pessoas não sabe é que existem, segundo a medicina, dois tipos de morte. Veja o que a ciência diz sobre nossos últimos suspiros de vida.

Dois tipos de morte

O primeiro tipo é chamado de morte clínica, quando o coração e a respiração param. Nesse caso, os órgãos e tecidos param de receber oxigênio e nutrientes, mas uma massagem cardíaca, ventilação artificial e choques de desfibrilador podem trazer a pessoa de volta se feitas rapidamente.

Já na morte cerebral não tem jeito. O cérebro, medula e órgãos do sistema nervoso central param de funcionar, fazendo a pessoa perder a consciência para sempre. A parte macabra é que é possível manter o corpo de uma pessoa morta cerebral funcionando artificialmente por mais tempo.

Decomposição

Ao contrário do que se pensa, o processo de morte não acontece de uma vez só. No que o coração para de bombear, o fluxo sanguíneo se interrompe e cede à gravidade, se depositando nas partes mais baixas e formando as manchas conhecidas como livor mortis.

As primeiras células a pararem de funcionar post mortem são as do sistema nervoso, que não resistem a mais de cinco minutos sem oxigênio. O coração dura 30 minutos, e o sistema intestinal leva cerca de três dias para parar de vez.

Os músculos, sem conseguirem realizar a conversão ADP ATP, processo que dá a eles energia, se enrijecem. Esse processo é conhecido como rigor mortis e se desfaz em alguns dias.

Patógenos sobrevivem

O corpo humano, se não for embalsamado ou passar por outros processos mortuários, começa a fase da putrefação entre 24 a 72 horas depois da morte. O tempo exato depende de condições como estado do corpo antes da morte, ambiente em que está o cadáver, temperatura e outras.

Contudo, as bactérias e patógenos que habitavam dentro do corpo podem levar muito tempo para também morrerem. Os vírus da hepatite seguem ativos por dias, e as bactérias da tuberculose podem sobreviver no cadáver por anos.

A decomposição total de um corpo humano leva em média 30 anos para acontecer de fato.

Quase-morte

Enquanto a medicina se preocupa em reanimar pacientes que tiveram morte clínica, diversas crenças surgem ao redor de pessoas que teriam “morrido e voltado”, experiência conhecida como quase-morte.

Enquanto alguns pacientes que passaram por quase-morte dizem não sentir absolutamente nada durante, outros relatam visões de céu, inferno, sonhos poéticos ou pesadelos assustadores. Para a ciência, isso também pode ter uma razão.

Um estudo de 2004 publicado na Psychopharmacology mostrou que, nos momentos após a morte clínica, o cérebro libera uma grande descarga de neurotransmissores como dopamina e noradrenalina, que pode ser responsável pelos relatos de experiências de quase-morte.

Já quem tem fé, acredita que a alma pode ter sido levada a algum lugar e retornado no momento da reanimação. Qual das versões está certa? Talvez a humanidade nunca saiba.