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Agência Correio
Publicado em 9 de dezembro de 2025 às 16:00
Nold é o termo usado para descrever uma geração que não se sente velha e que hoje ganha cada vez mais espaço nas discussões sobre envelhecimento. A expressão vem da combinação das palavras "never" e "old" (nunca e velho, do Inglês) e traduz o sentimento de quem não se reconhece nem como jovem nem como idoso. É uma forma de assumir que o tempo passou, mas sem aceitar o peso dos rótulos tradicionais. >
Esse grupo, geralmente entre 45 e 65 anos, busca uma identidade que reflita o que vivem: vitalidade, curiosidade e vontade de continuar em movimento. Eles rejeitam a ideia de que maturidade significa desacelerar. Ao contrário, defendem que envelhecer pode vir acompanhado de leveza, liberdade e novos começos.>
Idosos
A palavra Nold foi criada para dar nome a uma percepção que já existia, mas não era representada. Ela surgiu para descrever pessoas que vivem numa espécie de meio do caminho entre juventude e velhice. A proposta é simples: valorizar o estado de espírito, não a idade do documento.>
Idealizado por profissionais de marketing que identificaram essa lacuna geracional, o conceito se espalhou justamente por expressar um sentimento comum. Para muitos, foi a primeira vez que encontraram um termo que traduzisse essa fase tão própria e tão pouco discutida.>
A maioria das pessoas que se identifica como Nold tem entre 45 e 65 anos, mas a verdade é que o sentimento não precisa seguir números. O que importa é não se enxergar dentro dos rótulos usuais de jovem ou idoso. É uma sensação mais emocional do que cronológica.>
Pesquisas mostram que grande parte dessa faixa etária não se vê representada nas classificações tradicionais. Isso explica por que o termo ganhou força: ele dá voz a um grupo que sempre existiu, mas não tinha nome nem visibilidade.>
Ser Nold envolve adotar uma postura ativa diante da vida. Muitos aproveitam essa fase para redescobrir interesses, mudar de carreira, estudar algo novo ou simplesmente viver com mais autenticidade. A maturidade deixa de ser sinônimo de rotina e vira espaço para criação.>
Essa atitude faz com que muitos enxerguem o envelhecimento com mais humor e consciência. Em vez de focar nas limitações, preferem olhar para as possibilidades. Assim, constroem um estilo de vida próprio, longe dos padrões rígidos de outras gerações.>
O surgimento do termo ajuda a questionar a lógica binária que divide as pessoas apenas em jovens ou velhas. Mostra que há nuances, fases intermediárias e experiências diferentes que merecem reconhecimento.>
Além disso, contribui para reduzir preconceitos ligados à idade e dar mais destaque às trajetórias de quem continua ativo, produtivo e participativo mesmo após os 45 ou 50 anos. A geração Nold traz uma nova forma de entender o envelhecimento: mais plural, mais aberta e muito mais real.>