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Agência Correio
Publicado em 1 de dezembro de 2025 às 21:00
Uma onda de calor histórica elevou a sensação térmica em Dubai a 62°C, um valor que se aproxima do limite da tolerância humana. O fenômeno combina altas temperaturas com umidade extrema, criando um cenário perigoso no Golfo. >
Mesmo com termômetros marcando valores mais baixos, o calor sentido pelas pessoas ultrapassa níveis considerados seguros por meteorologistas e preocupa autoridades da região.>
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A situação se agravou nas últimas semanas e revela por que calor intenso aliado à umidade pode transformar ambientes urbanos em áreas quase inabitáveis.>
Dubai vive dias em que o ar quente e úmido impede o corpo de se resfriar, elevando o índice de calor para números próximos ao risco de vida. A sensação de 62°C registrada em 17 de julho de 2024 surpreendeu até meteorologistas.>
Embora os termômetros mostrassem cerca de 43°C, a umidade fez a temperatura percebida subir muito mais. Esse efeito é comum quando o suor para de evaporar e impede a troca de calor com o ambiente.>
Essas condições compõem a chamada temperatura de bulbo úmido, usada para medir situações em que calor e umidade combinados tornam a exposição prolongada fatal para humanos.>
Especialistas alertam que leituras de bulbo úmido próximas de 35°C já representam risco sério, pois impedem o resfriamento natural do corpo. Dubai está perigosamente perto desse limite.>
A localização da cidade, próxima ao Trópico de Câncer e ao Golfo Pérsico, intensifica o problema, já que a região recebe calor intenso e umidade constante ao longo do verão.>
O efeito de ilha de calor urbana agrava a situação, com prédios e asfalto retendo calor por horas, o que torna a vida cotidiana ainda mais desafiadora em áreas densamente construídas.>
Autoridades de Dubai publicam alertas diários e recomendam que moradores evitem sair durante as horas mais quentes, mantendo-se em ambientes climatizados e bem hidratados.>
Apesar das orientações, há preocupação com trabalhadores ao ar livre, que muitas vezes enfrentam longos períodos de exposição direta ao sol em condições de alto risco.>
No Kuwait, o cenário é semelhante. O país já suspendeu atividades em canteiros de obras em ondas de calor anteriores e reforça que a população deve evitar o sol intenso sempre que possível.>
O calor extremo também pressiona redes elétricas. Em Dubai, o consumo de energia atingiu recordes recentes, impulsionado pelo uso intenso de ar-condicionado em residências e comércios.>
No Kuwait, a demanda elevada já provocou apagões em alguns bairros, o que levou autoridades a pedirem que a população economize energia para evitar falhas mais amplas.>
A previsão indica que o calor intenso continuará nos próximos anos, alimentando temores sobre impactos prolongados na saúde pública e na infraestrutura do Golfo.>