Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Entenda a treta entre Wagner Moura e Paula Lavigne que dividiu a esquerda após críticas ao PL do streaming

Projeto que regula plataformas digitais expõe divergências entre artistas, governo e nomes influentes da cultura brasileira

  • Foto do(a) author(a) Heider Sacramento
  • Heider Sacramento

Publicado em 18 de dezembro de 2025 às 09:51

Críticas ao PL do streaming colocam Wagner Moura e Paula Lavigne em lados opostos e revelam racha na esquerda
Críticas colocam Wagner Moura e Paula Lavigne em lados opostos e revelam racha na esquerda Crédito: Reprodução

Uma crítica pública de Wagner Moura ao Projeto de Lei do Streaming acabou escancarando um conflito interno dentro da esquerda brasileira. O ator baiano classificou a proposta aprovada pela Câmara como “bizarra” e “muito ruim”, reacendendo debates sobre soberania cultural, regulação das plataformas e o papel do governo Lula no setor audiovisual.

A fala, gravada em vídeo e divulgada sem explicação sobre a origem, teve impacto imediato. Wagner pediu atenção direta do Ministério da Cultura e do presidente Lula, afirmando que o tema ultrapassa o mercado audiovisual e atinge a autoestima e a soberania do país. Mesmo sem redes sociais, o ator mobilizou aliados e provocou reações em cadeia no campo progressista.

O primeiro embate veio do Senado. O líder do governo, Randolfe Rodrigues, tentou responder diretamente a Moura, mas acabou enviando um áudio para Paula Lavigne, produtora cultural e figura central nos bastidores da cultura brasileira. Na mensagem, Randolfe disse admirar o ator, mas demonstrou indignação com as críticas e defendeu o texto possível diante das pressões do Congresso e do lobby das plataformas.

Wagner Moura por @dolanne.d/Divulgação

O áudio chegou a Paula Lavigne e virou combustível para um novo conflito. A produtora se disse revoltada com o que chamou de fogo amigo e saiu em defesa do Ministério da Cultura e da ministra Margareth Menezes. Em mensagens atribuídas a ela, Lavigne afirmou que o vídeo de Moura teria sido incentivado por Paulo Alcoforado, diretor da Ancine, e classificou as críticas como injustas, mesmo chamando o ator de “maravilhoso”.

A crise se ampliou quando Lavigne sugeriu que havia uma articulação política contra a atual gestão da Cultura, envolvendo o nome da deputada Jandira Feghali. Segundo ela, existiria uma disputa interna por poder dentro do campo progressista, algo que tanto Jandira quanto Alcoforado negaram publicamente.

Caetano Veloso e Paula Lavigne por Reprodução / Redes Sociais

Enquanto isso, o governo federal divulgou uma nota tentando acalmar os ânimos. O texto afirma compromisso com uma regulação justa e com o fortalecimento do audiovisual nacional, mas reconhece dificuldades na definição da alíquota da Condecine. Atualmente fixada em 4 por cento, a taxa pode cair ainda mais no Senado, ponto central das críticas de Wagner Moura.

O impasse segue sem vencedores claros. O projeto agora está sob relatoria do senador Eduardo Gomes e a tendência é de um texto ainda mais favorável às plataformas. Dentro da esquerda, o debate permanece aberto e o episódio expôs fissuras profundas entre artistas, produtores e governo em um tema que promete continuar rendendo embates públicos.

Tags:

Paula Lavigne Wagner Moura