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Elis Freire
Publicado em 13 de dezembro de 2025 às 13:40
Wagner Moura gerou grande percussão nacional ao publicar uma série de críticas ao PL do streaming através de um vídeo que circula nas redes sociais. O ator indicado ao Globo de Ouro por "O Agente Secreto" disse que o projeto é "muito ruim", “bizarro” e alertou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cobrando ações do Ministério da Cultura em relação ao texto que aguarda aprovação do Senado. >
O posicionamento do baiano gerou reações até de colegas do cinema nacional, como a produtora audiovisual Paula Lavigne, esposa de Caetano, que teve um áudio divulgado pela coluna Mônica Bergamo, da Folha S. Paulo. “A gente acorda com um vídeo do nosso ‘maravilhoso’ Wagner Moura cobrando o MinC e o governo, como se o MinC e o governo não fizessem nada”, criticou. “Sou progressista, mas não sou injusta… Estou junto com o MinC vendo todo o sacrifício que eles vêm fazendo", ressaltou. Ela ainda chegou a dizer que o vídeo é parte de uma conspiração de artistas contra a ministra Margareth Menezes, que queriam ver Jandira Feghali (deputada do PC do B) em seu lugar. >
Wagner Moura
Quem também teve sua posição sobre o assunto vazada foi o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP). No material, divulgado pela Folha, o parlamentar se comunica com Paula Lavigne e afirma que em um congresso "desfavorável" era impossível a aprovação de um "texto ideal" ´para a regulamentação da questão dos streamings no país. “É importante esclarecer à classe artística que, em 2022, nós ganhamos a eleição para a presidência da República e perdemos para o Congresso. Nós temos um Congresso desfavorável", afirmou. >
No vídeo que dividiu opiniões, Wagner Moura critica o preço da tributação do governo em cima das produtoras internacionais, considerado “muito baixo” por ele. “O ponto mais bizarro é o fato dessas empresas poderem usar esse dinheiro, parte do dinheiro da taxação, para investir em seu próprio conteúdo. É um dinheiro que deveria estar indo para o Fundo Setorial do Audiovisual e um dinheiro que deveria estar indo para fomentar a produção independente brasileira”, afirmou.>
O texto do relator Doutor Luizinho (PP-RJ), que espera aprovação do Senado Federal, estabelece que plataformas fechadas, como Netflix, Prime Video, Globoplay, Apple TV+ e Disney+, paguem ao Governo uma alíquota de 4% calculada em cima da receita bruta do ano. A PL 8889/2017 foi aprovado pela Câmara dos Deputados em novembro de 2025.>