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Entenda o que matou um dos gêmeos de Clara Maia

Síndrome de transfusão feto-fetal, evolução aguda e ausência de janela para cirurgia explicam a morte de Túlio, enquanto Theo permanece na UTI neonatal

  • Foto do(a) author(a) Elis Freire
  • Elis Freire

Publicado em 23 de setembro de 2025 às 16:05

 Clara Maia perde filho gêmeo em parto prematuro
Clara Maia perde filho gêmeo em parto prematuro Crédito: Reprodução/Instagram

A influenciadora Clara Maia anunciou que perdeu Túlio, um dos gêmeos nascidos por cesárea de emergência na 27ª semana de gestação, e que a causa foi a Síndrome de Transfusão Feto-Fetal, conhecida como STFF. O outro bebê, Theo, segue internado em unidade neonatal e, segundo a família, luta pela vida. Mas o que é essa doença e quem corre risco?

Clara Maia e André Coelho perdem filho gêmeo em parto prematuro por Reprodução/Instagram

A STFF ocorre quando gêmeos que dividem a mesma placenta apresentam conexões vasculares anômalas, fazendo com que o sangue flua de um feto para o outro de forma desigual. Um se transforma em doador, com pouco crescimento e menos líquido amniótico, o outro vira receptor, acumulando líquido e sofrendo sobrecarga cardíaca. Sem intervenção, a condição pode ser fatal para um ou ambos. As informações são da Organização Mundial de Saúde.

No caso de Clara, a síndrome se manifestou de maneira aguda, sem janela de tempo para a cirurgia a laser, o procedimento que, quando indicado a tempo, pode selar as conexões anormais na placenta e melhorar as chances de ambos os bebês. Como a evolução foi súbita, os médicos optaram pela cesárea de emergência.

Túlio nasceu como receptor, com cerca de 995 gramas, com o coração muito sobrecarregado, e não resistiu. Theo nasceu com aproximadamente 680 gramas, foi identificado como o doador, e permanece em tratamento intensivo neonatal. A família tem atualizado seguidores sobre o estado do bebê e recebido apoio nas redes.

Especialistas explicam que a STFF é relativamente rara entre gestações monocoriônicas, e que o prognóstico depende do tempo de detecção e da gravidade. Quando o diagnóstico é precoce, há opções como a drenagem do excesso de líquido ou a fotocoagulação fetoscópica seletiva a laser, que podem alterar o desfecho. Em casos de evolução súbita, infelizmente, as alternativas são limitadas.

O episódio ressalta a importância do acompanhamento obstétrico rigoroso em gestações gemelares monocoriônicas, com ultrassonografias frequentes para identificar sinais precoces de desequilíbrio entre os fetos. Mesmo com monitoramento atento, porém, algumas formas de STFF surgem de maneira abrupta, e os riscos permanecem.

Clara Maia e a família atravessam agora o luto por Túlio e a expectativa pela recuperação de Theo, enquanto especialistas e seguidores destacam a necessidade de informação e apoio para gestantes de risco. 

Tags:

Clara Maia E André Coelho