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Espetáculo ‘Os Dias Lindos de Celina Bonsucesso’ retorna aos palcos com ingressos populares

Indicado ao Prêmio Bahia Aplaude, espetáculo aborda temas como memória, machismo e etarismo

  • Foto do(a) author(a) Heider Sacramento
  • Heider Sacramento

Publicado em 9 de maio de 2025 às 19:00

A peça será encenada nos dias 16, 17 e 18 de maio no Teatro Martim Gonçalves Crédito: Divulgação/Diney Aráujo

Após temporadas de sucesso em 2024 e 2025, o espetáculo Os Dias Lindos de Celina Bonsucesso retorna aos palcos soteropolitanos como parte da programação da Mostra Prêmio Bahia Aplaude. Com direção de Hyago Matos e texto assinado pelo premiado dramaturgo Paulo Henrique Alcântara, a peça será encenada nos dias 16, 17 e 18 de maio no Teatro Martim Gonçalves, no bairro do Canela, com ingressos a preços populares — R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), à venda pelo Sympla e na bilheteria do teatro.

A obra é uma homenagem à atriz Yumara Rodrigues (in memoriam) e está indicada em três categorias no Prêmio Bahia Aplaude: Melhor Espetáculo Adulto, Melhor Atriz (Kátia Leal) e Melhor Texto (Paulo Henrique Alcântara). Com uma narrativa sensível e potente, a peça acompanha Celina Bonsucesso, professora aposentada, leitora voraz e cinéfila apaixonada, que, às vésperas de ser levada a um asilo, mergulha em suas memórias para ajustar contas com o passado e reencontrar a irmã desaparecida há quase quatro décadas.

A peça convida o público a refletir sobre memória e identidade Crédito: Divulgação/Ícaro Soares

No palco, a história é interpretada por um elenco composto por oito atrizes que representam diferentes fases da vida da protagonista: Chica Carelli, Vivianne Laert, Bárbara Borgga, Márcia Andrade, Kátia Leal, Veridiana Andrade, Clarissa Gonçalves e Júlia Anastácia. O encontro entre gerações reforça o caráter simbólico da peça e amplia seu impacto sobre o público.

Além de Celina, a narrativa dá voz a outras duas figuras femininas fundamentais: Sônica Bonsucesso, irmã da protagonista, que enfrenta as marcas de um casamento abusivo; e Tia Pureza, que renúncia aos próprios sonhos para cuidar da família — reflexo de um sistema que historicamente limita a autonomia das mulheres.

Com uma dramaturgia que transita entre tempos e espaços, Os Dias Lindos de Celina Bonsucesso convida o público a refletir sobre memória, identidade e os afetos que resistem à passagem do tempo.