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Agência Correio
Publicado em 16 de dezembro de 2025 às 12:00
O funcionamento eficaz do coração, que cumpre a função de bombear o sangue para o organismo, é uma prioridade de saúde que pode ser ameaçada por uma série de hábitos prejudiciais. Dentre os fatores que colocam o órgão vital em risco, estão a má higiene bucal, o sedentarismo e uma dieta que abusa de opções ultraprocessadas, ricas em gordura, sal e, principalmente, açúcar.>
Em busca de uma orientação específica sobre o impacto das bebidas, a coluna consultou o cardiologista Rafael Marchetti para determinar qual delas representa a maior ameaça ao sistema cardiovascular. O médico, que é um membro respeitado da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), afirma que existem diversas bebidas com potencial de afetar negativamente o coração.
>Refrigerante faz mal?
Contudo, ao fazer uma escolha, o Dr. Marchetti destaca os refrigerantes, enfatizando especialmente aquelas versões que possuem alto teor de açúcar em sua composição. Ele explica que essas bebidas concentram altas doses de açúcar, somadas a aditivos químicos variados e, em alguns rótulos, também contêm cafeína.
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Na sua avaliação, o especialista define claramente que os "refrigerantes adoçados são verdadeiros ‘agressores silenciosos’ do sistema cardiovascular," trabalhando de forma contínua para desgastar a saúde.
>O cardiologista pós-graduado em medicina do exercício e do esporte reitera que o "maior vilão" presente nessas bebidas é o "açúcar em grande quantidade," frequentemente na forma de "xarope de milho com alto teor de frutose".
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O consumo excessivo do açúcar presente nos refrigerantes provoca uma rápida elevação dos níveis de glicose no corpo, o que causa um estresse e uma sobrecarga indesejada no pâncreas. Esse esforço constante do pâncreas tem como consequência o favorecimento do desenvolvimento da resistência à insulina, que é um marcador de doenças metabólicas.
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Além de doenças metabólicas, esse ciclo leva ao estabelecimento de uma inflamação que é crônica, afetando o organismo de maneira sistêmica. Com o passar do tempo e a persistência do consumo, as artérias ficam desgastadas por essa inflamação, o que aumenta drasticamente o risco de complicações cardiovasculares.
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Essa cadeia de eventos eleva o risco de hipertensão, um quadro de pressão alta que exige controle médico rigoroso, e também aumenta as chances de um infarto ou o desenvolvimento de outras doenças cardiovasculares sérias. O consumo de refrigerante, por sua natureza, desencadeia essas condições perigosas, como observado clinicamente.
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O médico acrescenta que a combinação de aditivos, conservantes e corantes, presentes junto ao açúcar, é capaz de acentuar o processo inflamatório e desregular ainda mais o metabolismo do corpo. Esses aditivos e corantes são considerados compostos tóxicos para o organismo, segundo o especialista, e são encontrados em grandes quantidades na bebida.
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O excesso de açúcar na dieta é um fator que aumenta os níveis de triglicerídeos e também potencializa significativamente o acúmulo de gordura na região visceral, que é considerada particularmente perigosa para a saúde cardiovascular. Essa situação contribui para a formação gradual de placas nas artérias, conhecida tecnicamente como aterosclerose.
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Os refrigerantes são ricos em aditivos e açúcar, e a atuação desses compostos afeta a saúde do coração de forma direta, sendo essencial reduzir o consumo. A aterosclerose, por sua vez, pode evoluir e desencadear quadros de pressão alta persistente, levar à insuficiência cardíaca e, em casos mais graves e avançados, causar arritmias cardíacas que exigem intervenção médica.
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Para o funcionamento ótimo do órgão vital, a má alimentação é um obstáculo constante que deve ser superado. A bebida afeta a saúde do coração ao desgastar as artérias, sendo um perigo contínuo e silencioso.
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