Estudo finalmente desvenda o que causa a obesidade; veja como evitar

A ciência está mudando a forma como entendemos a obesidade: não é a preguiça o maior problema, mas o excesso de alimentos ultraprocessados em nossa rotina.

Mesmo com altos níveis de atividade, populações modernas acumulam mais gordura por consumirem calorias em excesso.

“O desequilíbrio entre ingestão e necessidade energética é o ponto central”, explicou Thomas Holland, médico do RUSH Institute, em entrevista ao portal Medical News Today, sobre a diferença entre gasto e consumo calórico.

O estudo avaliou diferentes culturas e modos de vida para entender por que pessoas ativas continuam engordando. A resposta está no tipo e na quantidade de calorias consumidas.

Populações que vivem em centros urbanos, apesar de manterem rotinas agitadas, consomem grandes quantidades de alimentos industrializados, que são densos em energia e pobres em nutrientes.

Isso significa que o problema não é necessariamente o sedentarismo, mas o excesso calórico diário. Mesmo pessoas que se exercitam regularmente podem não conseguir compensar uma dieta desequilibrada.

Esses alimentos são preparados para estimular o apetite, mesmo quando o corpo já tem energia suficiente. Por serem pouco nutritivos, aumentam a ingestão calórica sem fornecer saciedade.

Eles também alteram o metabolismo ao facilitar a absorção de energia e reduzir o gasto digestivo. Em outras palavras, você come mais, absorve mais e queima menos.

Com o tempo, o consumo contínuo desses produtos leva ao acúmulo de gordura corporal e ao surgimento de doenças crônicas, como diabetes tipo 2 e hipertensão.

O segredo para perder peso não está em treinos extremos, mas em escolhas alimentares conscientes. O corpo responde melhor a alimentos naturais, com menor densidade energética e maior valor nutricional.

Além disso, alimentos integrais ajudam a manter a saciedade por mais tempo, evitando picos de fome e episódios de compulsão alimentar. O foco deve ser na consistência da dieta.

A combinação ideal é uma alimentação equilibrada, com menos ultraprocessados, e uma rotina de atividade física moderada, que ajude a preservar a saúde geral.