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Exame reduz risco de doenças genéticas e hereditárias dos bebês; conheça

Procedimento ajuda na gestação de bebês saudáveis nos tratamentos de reprodução assistida

  • Foto do(a) author(a) Elis Freire
  • Elis Freire

Publicado em 14 de julho de 2025 às 23:00

A maternidade por fertilização in vitro é uma opção muito procurada por mulheres com problemas reprodutivos ou com mais de 40 anos
A maternidade por fertilização in vitro é uma opção muito procurada por mulheres com problemas reprodutivos ou com mais de 40 anos Crédito: Divulgação

Um dos desafios da medicina reprodutiva é “driblar” a infertilidade de homens e mulheres e ajudar a trazer ao mundo bebês saudáveis. Mas, você sabia que há a possibilidade de avaliar a saúde do embrião antes mesmo dele ser implantado? O chamado exame genético pré-implantacional é avanço da medicina reprodutiva, que traz mais segurança para os tratamentos para engravidar e ajuda a prevenir doenças.

Especialistas alertam que través do Diagnóstico Genético Pré-implantacional é possível avaliar a saúde cromossômica dos embriões para que só os saudáveis sejam selecionados para implantação no útero da futura mãe, prevenindo doenças genéticas, como a Síndrome de Down e outras cromossopatias, e hereditárias, como a hemofilia e a fibrose cística. “Ter um bebê saudável é o desejo de toda pessoa que decide ter filhos”, destaca a médica Gérsia Viana, especialista em Reprodução Humana Assistida e diretora do Cenafert – Centro de Medicina Reprodutiva.

De acordo com estudos, o exame para diagnóstico genético embrionário traz um avanço exponencial para os tratamentos de infertilidade, uma vez que ele aumenta as chances do ciclo de Fertilização in Vitro (FIV) ser bem sucedido e reduz a possibilidade de o bebê apresentar síndromes genéticas. Esse procedimento, então, funciona como uma forma de prevenir doenças genéticas antes que a gestação tenha ocorrido.

A médica explica, porém, que o exame não é uma seleção de um "bebê ideal", o que seria problemático eticamente. “Através da reprodução assistida conseguimos planejar gestações seguras e reduzir o risco de determinadas doenças para os bebês, mas não é possível gerar uma ‘criança ideal’, muitos pacientes imaginam ter um filho com características e habilidades especificas ou relatam que gostariam de escolher o sexo do bebê, mas há limites tantos das técnicas da medicina reprodutiva quanto éticos e legais”, esclarece Gérsia Viana.

Para a psicóloga Liliane Carmen Souza dos Santos, da equipe do Cenafert, uma parcela significativa das pessoas que buscam tratamentos especializados para ter filhos precisa lidar com várias frentes: “A angústia do filho que não veio espontaneamente, a ansiedade pelos resultados do tratamento e, muitas vezes, ainda o desejo de uma criança idealizada”.

Mas, a criança tem que ser um indivíduo e não só um reflexo dos desejos dos pais, argumenta a psicóloga. “Um bebê não pode ser gerado com essa obrigação de satisfazer expectativas da família ou da sociedade. Ele vai crescer, estudar, interagir com diversos meios, fazer suas escolhas, ter sua individualidade, personalidade própria e construir sua jornada”, afirma Liliane Carmen. 

E o sexo? É possível escolher?

A resposta é não. No Brasil, a pratica da sexagem – seleção do sexo do bebê - é proibida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Quando os embriões são submetidos ao exame de Diagnóstico Genético Pré-Implantacional, o laudo da avaliação genética pode informar o sexo do embrião apenas a título de informação, mas a escolha do sexo do bebê não é permitida. “O médico deve transferir para o útero da futura mãe o embrião considerado morfologicamente melhor e não o menino ou menina”, afirma Gérsia Viana.

Quando o exame genético pré-implantacional é indicado?

O exame é indicado para casais com risco de terem filhos com anomalias cromossômicas (quando o pai ou a mãe tem histórico familiar de doenças genéticas), mulheres com histórico de abortamento ou que tiveram falhas repetidas na implantação embrionária e também mulheres com mais de 38 anos de idade que desejam ser mães com seus próprios óvulos. Além de trazer mais segurança ao tratamento, segundo médicos, ele ainda reduz a possibilidade de perdas gestacionais e todo o desgaste emocional proveniente desses abortamentos recorrentes.

"As mulheres estão decidindo ter filhos cada vez mais tarde, depois dos 35 anos, quando sua fertilidade começa a declinar e o risco de ter bebês com alterações genéticas aumenta", explica Gérsia Viana.

Ela alerta ainda que a técnica ajuda a reduzir os custos financeiros gerados pela repetição de ciclos de Fertilização in Vitro para engravidar.