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Gerente demitido acusa padre Fábio de Melo de mentir sobre confusão em cafeteria

Homem disse que soube da demissão pela internet, em vídeo publicado por outro religioso

  • Foto do(a) author(a) Giuliana Mancini
  • Giuliana Mancini

Publicado em 14 de maio de 2025 às 09:06

Padre Fábio de Melo
Padre Fábio de Melo Crédito: Reprodução

O ex-gerente da Cafeteria Havanna de Joinville (SC) acusou o padre Fábio de Melo de mentir sobre a confusão no local. Jair José Aguiar da Rosa, de 36 anos, disse que sequer teve contato com o religioso, e afirmou estar em "estado de choque" após o ocorrido. Ele também falou que soube de seu desligamento pela internet.

O episódio viralizou após o padre publicar um vídeo nas redes sociais afirmando que passou por uma situação desagradável na loja. Ele comentou que escolheu dois potes de doce de leite sem açúcar e, quando chegou no caixa para pagar, "o valor que estava sendo cobrado era muito maior do que a soma dos dois potes com o preço que estava na estante". Depois de dizer à funcionária do caixa que a soma estava errada, o gerente teria lhe abordado.

"Nisso, o gerente se adiantou, extremamente deselegante, afirmando que 'o preço está errado, se quiser levar, o preço certo é este'", contou. "O que mais me assusta é a prepotência", continuo o padre no vídeo, classificando a postura do gerente como "arrogante".

Ao Metrópoles, o profissional negou a interação e disse que sequer falou diretamente com Fábio de Melo, o que poderia ser provado pelas imagens de segurança do estabelecimento. "Até sábado eu era um simples trabalhador, agora sou a notícia de um país todo. A Havanna Joinville e a Havanna Brasil simplesmente jogaram toda a culpa em cima de mim para proteger o nome da marca".

Segundo o ex-gerente, quem pegou o produto foi um homem que acompanhava o padre. Portanto, Fábio de Melo não teria como saber o preço indicado na prateleira. "Não é o padre que vai até o balcão fazer o pagamento, é esse rapaz de regata vermelha. Pode notar no vídeo também que quem questiona o valor não é o padre, e sim esse rapaz de regata vermelha, porque ele que foi comprar o doce. O padre só estava acompanhando ele".

Jair também deu sua versão dos fatos. De acordo com ele, a atendente do caixa o chamou e perguntou qual era o preço do doce de leite que estava sendo comprado pelo rapaz que acompanhava o padre, que teria dito que viu na prateleira o valor de R$ 43,90. No entanto, o preço real da mercadoria era R$ 61,90, segundo ele.

"Eu vou lá na prateleira pegar a plaquinha e pergunto para o meu pessoal se alguém havia mudado de lugar, eles falam que não. É quando eu vejo que a placa está lá só que está em posição diferente. Então, eu volto e arrumo ela. Vou até a atendente e falo para ela o preço está lá e que é aquele mesmo, que não está anunciado errado", falou.

"Em momento algum eu falei que estava errado. Falei que o preço estava lá mas estava em posição diferente. Mas, como é possível perceber nas imagens, os preços não têm nome, têm só a numeração. Não tem nome para identificar o produto. E se não tem nome para identificar o produto, não sou eu o culpado, porque é uma padronização da marca Havanna Brasil", completou.

Demissão

Jair também afirmou que soube da própria demissão pela internet. No domingo (11/5), um padre chamado Fabrício Bernardo, que se diz amigo do dono da cafeteria, divulgou um vídeo falando diretamente com Fábio de Melo. Foi por essa publicação que o ex-gerente teria descoberto que havia sido desligado.

"O senhor passou por uma experiência meio complicada, e com razão. Mas a especificação de um preço errado, e a forma como uma pessoa te abordou não corresponde a uma empresa, não corresponde à franquia, não corresponde, podemos dizer, à vida daquele lugar. Foi uma pessoa que fez isso com o senhor: o gerente que foi desligado", disse Fabricio no vídeo.

"Estou falando isso de forma pública, porque este lugar, a Havanna de Joinville, pertence a um amigo e esse amigo me procurou me pedindo para que pudesse ter um contato com o senhor", completou.

Após ver o vídeo, Jair teria questionado um dos sócios da loja se teria, de fato, sido demitido, o que foi negado. No entanto, no dia seguinte, após abrir a loja de manhã para trabalhar normalmente, ele ficou sabendo que estava desligado da cafeteria por meio de uma matéria de um jornal local.

"Não fiquei sabendo da demissão pela empresa, mas pela internet, o que me deixou mais constrangido ainda. Enquanto todos já sabiam da minha demissão, a empresa ainda não tinha se manifestado", lamentou. "Tanto a Havanna Joinville quanto a Brasil não me procuraram para conversar comigo. Nenhum advogado da empresa veio me dar apoio, me dar suporte. Eles, simplesmente, jogaram toda a culpa em cima de mim para poder abafar o caso e limpar o nome da loja".

Jair também relatou que chegou a conversar com um dos sócios da loja. Ele teria falado que a decisão pela demissão não teria partido dos donos da loja, mas da Havanna Brasil, na tentativa de "limpar" o nome da marca.