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Agência Correio
Publicado em 3 de setembro de 2025 às 13:00
Você consegue imaginar um caranguejo tão grande que se compara a um carro? Pois essa é a realidade de uma espécie que habita as águas profundas do Japão.>
O caranguejo-aranha-gigante (Macrocheira kaempferi) é o maior artrópode do mundo e surpreende pela sua estrutura física e hábitos de vida, que o tornam um dos mais fascinantes animais marinhos.
>Caranguejo-aranha-gigante (Macrocheira kaempferi)
O tamanho do animal é impressionante. Para se ter noção, ele pode atingir 3,7 metros de uma ponta de pata a outra, enquanto o carro Renault Kwid 2017 tem 3,68 metros de comprimento.
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Esse "monstro dos mares" vive principalmente nas águas profundas do Japão. Apesar de suas longas pernas, a carapaça do animal é pequena, raramente passando de 40 centímetros.
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O animal é onívoro e se alimenta de tudo o que vê pela frente, mas frequentemente são necrófagos, alimentando-se de animais em decomposição no fundo do mar, o que o torna um importante "limpador" do ecossistema marinho.
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Foi descrito pela ciência ocidental em 1836 pelo naturalista neerlandês Coenraad Jacob Temminck, que destacou a capacidade do animal de causar ferimentos sérios com suas pinças. No entanto, a maioria dos biólogos relata que os seres não são naturalmente agressivos e vorazes.
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Em 2013, um exemplar chamado "Big Daddy" entrou para o livro dos recordes mundiais como o caranguejo com a maior pata criada em cativeiro, medindo 1,43 metro. O animal viveu no Sea Life Blackpool, no Reino Unido, e morreu em 2016, com cerca de 80 anos.
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Apesar de seu grande porte, o caranguejo-aranha-gigante não é o único de seu gênero, já que outras quatro espécies foram identificadas a partir de fósseis.
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A espécie é uma verdadeira prova de que a natureza sempre nos reserva surpresas, e o caranguejo-aranha-gigante é um exemplo de como a vida nas profundezas do oceano pode ser fascinante e intrigante.
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No Japão, a pesca do caranguejo é uma tradição, mas a pesca descontrolada com redes de arrasto tem causado a diminuição da espécie. Dados oficiais mostram uma queda de 24,7 toneladas para apenas 3 toneladas entre 1976 e 1985.
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Para evitar a extinção, a pesca durante a primavera é proibida, já que, segundo o The Tennessee Aquarium, é nessa estação que os caranguejos se movem para águas mais profundas para se reproduzirem.
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Essa medida de proteção é fundamental para garantir que a espécie continue existindo para as futuras gerações e possa ser estudada e admirada por cientistas e amantes da natureza.
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