Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Maior praia do mundo fica no Brasil e demora 63h para ser atravessada a pé

De Rio Grande ao Chuí: Aventure-se na Praia do Cassino, a gigante brasileira reconhecida pelo Guinness

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 23 de outubro de 2025 às 05:00

Praia do Cassino, no RS, tem 254 km de extensão e um cenário imenso; descubra os detalhes desse desafio
Praia do Cassino, no RS, tem 254 km de extensão e um cenário imenso; descubra os detalhes desse desafio Crédito: Wikimedia Commons

Você sabia que a maior praia do planeta fica no Brasil? Localizada no Rio Grande do Sul, a Praia do Cassino ostenta o título do Guinness World Records desde 1994, estendendo-se por impressionantes 254 quilômetros de faixa de areia contínua.

Essa imensidão liga o balneário do Cassino, em Rio Grande, até o Chuí, na fronteira com o Uruguai, formando um cenário que parece não ter fim e desafia até os mais experientes aventureiros.

A tarefa de percorrer a Praia do Cassino de ponta a ponta não é para qualquer um. Devido à areia fofa, ao vento constante e ao sol forte, a caminhada se torna lenta e desgastante, com uma pessoa caminhando, em média, apenas 4 km por hora nesse tipo de terreno.

Praia Azeda e Azedinha Búzios - Foto: Sergio Quissak/ Prefeitura de Búzios por Sergio Quissak/ Prefeitura de Búzios

Pensando nesse ritmo, seriam necessárias cerca de 63 horas de caminhada ininterrupta para cruzar toda a praia. Isso equivale a uma jornada de pelo menos "oito dias caminhando" oito horas diárias. Na prática, no entanto, fatores como a maré alta e o calor podem prolongar o desafio para até dez ou doze dias. É uma verdadeira prova de resistência e conexão com a natureza.

A imensidão da maior praia do mundo

A Praia do Cassino foi reconhecida em 1994 pelo Guinness World Records como a maior praia do planeta. Além da sua extensão, em alguns pontos, a largura da faixa de areia chega a 200 metros. Isso cria um cenário natural tão vasto que o horizonte parece se perder.

A maior parte da Praia do Cassino é quase desabitada, o que intensifica sua beleza selvagem. Os visitantes não encontram quiosques, hotéis ou sinal de celular em grande parte do trajeto.

O silêncio da paisagem só é interrompido pelo barulho das ondas e pelo vento que sopra do Atlântico. Mesmo isolado, o cenário natural surpreende: ele é composto por grandes dunas de areia, aves migratórias e, ocasionalmente, é possível ver lobos e leões-marinhos descansando nas margens.

O que visitar na Praia do Cassino

O ponto de partida para a maioria dos visitantes são os Molhes da Barra, uma grande estrutura de pedras que avança 4,3 km mar adentro, criada para facilitar o acesso de navios à Lagoa dos Patos. Turistas podem conhecer o local em vagonetas, movidas à vela, que deslizam sobre trilhos até o farol no final do molhe.

Neste percurso, é possível encontrar um navio cargueiro encalhado desde 1976, o Altair, hoje transformado em um popular ponto turístico. Mais adiante, você verá as dunas costeiras, um cordão natural fixado pela vegetação, onde florescem margaridas na primavera.

Aventure-se na trilha Cassino–Barra do Chuí

Para quem busca uma aventura mais radical, a cidade de Rio Grande é a base para explorar o Cassino. Fundada em 1737, a cidade mais antiga do estado abriga o Monumento a Iemanjá, destino de romarias. Já a Trilha Cassino–Barra do Chuí é considerada uma das mais difíceis do Brasil.

O percurso faz parte da Trilha Nacional do Oiapoque ao Chuí e atravessa áreas de preservação, como a Estação Ecológica do Taim. Sem pousadas, energia elétrica ou pontos de apoio, esta travessia é uma das experiências mais selvagens do litoral brasileiro.