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Agência Correio
Publicado em 13 de dezembro de 2025 às 17:00
A dúvida sobre a segurança do atum em lata é frequente, especialmente no que diz respeito ao teor de mercúrio. A nutricionista Blanca García-Orea, conhecida por suas dicas práticas de alimentação saudável sob o perfil @blancanutri, desvendou o mistério por trás das diferentes denominações nas embalagens. >
Ela deixou claro quais tipos de atum contêm uma menor quantidade de mercúrio e quais variedades, por outro lado, acumulam uma carga mais elevada. O foco está na informação simples e direta para que qualquer pessoa possa fazer a escolha mais saudável no dia a dia. A contaminação por mercúrio é uma preocupação crescente.
>Preparos do peixe
Em sua principal recomendação, Blanca García-Orea enfatizou a importância de observar o nome exato na embalagem para tomar uma decisão informada. "Sempre escolhe as latas de atum cuja denominação seja 'atum' e não 'atum claro', é a espécie que menos metais pesados contém", garantiu a nutricionista.
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O segredo para entender a diferença na quantidade de mercúrio entre os tipos de atum está relacionado ao tamanho e ao tempo de vida do peixe, conforme o que a especialista destacou em seu post no Instagram. O atum comercializado como "atum claro" é derivado de peixes de grande porte, os quais podem chegar a pesar até 200 quilos. O ciclo de vida longo desses peixes permite maior tempo de acumulação do metal pesado.
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Por outro lado, a opção de conserva rotulada simplesmente como "atum" é proveniente de peixes menores, com um peso em torno de 35 quilos. Esta variedade é geralmente o atum listado ou o Pelamis, espécies que, por serem menores, apresentam naturalmente níveis de mercúrio consideravelmente mais baixos e seguros para o consumo humano.
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Para quem consome atum regularmente, Blanca García-Orea recomenda: "O ideal é não consumir mais de uma ou duas latas de atum por semana e, sempre que possível, optar por conservas em embalagem de vidro, o que evita adicionar contaminantes metálicos do processo de enlatado", sugeriu a especialista.
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A cautela da nutricionista em relação aos peixes grandes é respaldada por publicações científicas relevantes. Um estudo de 2003, divulgado na Environmental Science and Technology, comparou o teor de mercúrio em atum branco e atum claro, apoiando a ideia de que o processamento e o tipo de peixe importam. O atum branco, por exemplo, apresentou uma média de mercúrio de 0,407 ppm, enquanto o atum claro tinha 0,118 ppm.
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Pesquisas mais recentes, conduzidas pela European Food Safety Authority (EFSA), também emitiram um alerta sobre a exposição a metais pesados em pescados de grande porte. A EFSA sugere que o consumo desses peixes deve ser limitado, especialmente para grupos considerados vulneráveis, como gestantes e crianças. O risco de contaminação é uma realidade que deve ser levada a sério pelos consumidores. A ciência reforça a importância da cautela.
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Seguir as orientações de Blanca García-Orea, que incluem escolher espécies menores, optar por embalagens de vidro e manter um consumo equilibrado, permite que os consumidores aproveitem os benefícios nutricionais do atum com mais segurança.
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