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O corpo depois da morte: saiba o que muda nas primeiras horas, segundo especialistas

Mudanças físicas começam instantes após a morte e variam conforme o ambiente e as condições do corpo

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 7 de novembro de 2025 às 20:00

Após a morte, decomposição do corpo pode variar de acordo com condições extermas
Após a morte, decomposição do corpo pode variar de acordo com condições extermas Crédito: Freepik

O que acontece com o corpo humano logo após a morte? Mesmo sem vida, uma série de transformações começa a ocorrer por conta de reações químicas naturais e da influência do ambiente.

Essas mudanças, conhecidas como alterações post-mortem, são influenciadas por diversos fatores internos e externos.

Entre eles estão o clima, principalmente se for quente e úmido, a quantidade de gordura corporal, a presença de ferimentos abertos, infecções e o local onde o corpo se encontra, especialmente se estiver exposto ao ar livre.

De acordo com a ordem em que aparecem, essas alterações são divididas em três estágios: imediatas, iniciais e tardias.

É importante consultar um médico  por Imagem: Premreuthai | Shutterstock

Alterações imediatas: o que muda logo após a morte

As alterações imediatas ocorrem com a interrupção definitiva das funções vitais do cérebro, do coração e dos pulmões.

Nesse momento, o corpo perde completamente a sensibilidade e a capacidade de se mover de forma voluntária. A respiração, a circulação sanguínea e as funções do sistema nervoso também cessam, marcando o início das transformações pós-morte.

Mudanças iniciais: pele pálida, rigidez e resfriamento

As alterações iniciais estão ligadas à morte das células e se manifestam através de transformações na pele, nos olhos, na temperatura e nos músculos.

A pele rapidamente perde a coloração e a elasticidade, enquanto os lábios se tornam secos e endurecidos. Nos olhos, ocorre a opacidade da córnea, que deixa de ser transparente, e a flacidez ocular, que causa o enrugamento das pálpebras.

Com o fim da circulação, o corpo deixa de produzir calor, fenômeno chamado de algor mortis, responsável pela queda gradual da temperatura corporal.

Os músculos passam por um relaxamento seguido de endurecimento, conhecido como rigor mortis, que começa entre 1 e 2 horas após a morte e tende a desaparecer em cerca de 36 horas.

Outro fenômeno característico é o livor mortis, causado pelo acúmulo de sangue nas partes mais baixas do corpo devido à gravidade, formando manchas azuladas e avermelhadas.

Alterações tardias: decomposição, cera cadavérica e mumificação

As transformações mais tardias envolvem processos de decomposição. Um deles é a autólise, em que as próprias enzimas do corpo iniciam a destruição das células e tecidos.

Outro estágio é a putrefação, em que microrganismos degradam os tecidos. Esse processo pode ser retardado ou até interrompido pela formação de adipocera, uma substância cerosa que se origina da gordura corporal em ambientes quentes e úmidos, segundo um estudo publicado em 2020 no Journal of Forensic and Legal Medicine.

Já em condições opostas, ambientes secos e quentes, pode ocorrer a mumificação, caracterizada pela desidratação dos tecidos.

Nesses casos, a pele adquire um tom amarronzado, torna-se rígida e quebradiça, e o corpo diminui de tamanho, embora as feições e eventuais lesões sejam preservadas.

A mumificação ficou conhecida historicamente por ser amplamente praticada por civilizações como a dos antigos egípcios.