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Heider Sacramento
Publicado em 9 de julho de 2025 às 08:50
A apresentadora e influenciadora Fernanda Keulla, de 39 anos, usou as redes sociais na última segunda-feira (7) para revelar que foi diagnosticada com a Síndrome de Sjögren, uma doença autoimune rara e de difícil identificação. Em vídeo publicado no Instagram, a campeã do BBB 13 relatou os desafios que enfrentou até finalmente obter um diagnóstico, após anos de sintomas persistentes como cansaço extremo, dores frequentes e hospitalizações. >
“Demorei a perceber que estar doente todos os dias não era normal”, desabafou Fernanda. Ela contou que durante muito tempo conviveu com cobranças da família e uma autocrítica constante, sem entender que os sinais vinham de uma condição clínica. A descoberta só foi possível após acompanhamento com um reumatologista, que fechou o diagnóstico.>
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a Síndrome de Sjögren se caracteriza principalmente por secura nos olhos e na boca, provocada pela ação de linfócitos, células brancas do sangue, que atacam as glândulas responsáveis pela produção de lágrimas e saliva. O processo inflamatório causado pela doença compromete o funcionamento normal dessas glândulas.>
Fernanda Keulla
Além dos sintomas mais comuns, os pacientes também podem apresentar secura na pele, nariz e vagina, além de fadiga, dores articulares e até inflamações em órgãos como pulmões, rins, fígado e cérebro. A enfermidade é mais comum em mulheres de meia-idade, mas pode afetar pessoas de qualquer idade e gênero.>
Segundo a SBR, o diagnóstico da Síndrome de Sjögren exige exames laboratoriais, avaliação oftalmológica, biópsias das glândulas salivares e exames de imagem. A doença pode se manifestar de forma primária, quando aparece sozinha, ou secundária, associada a outras doenças autoimunes como lúpus ou artrite reumatoide.>
Ainda não há cura definitiva, mas o tratamento precoce pode melhorar bastante a qualidade de vida dos pacientes. Em casos leves, lágrimas artificiais e substitutos de saliva costumam ser suficientes. Já em quadros mais graves, são utilizados medicamentos anti-inflamatórios, corticoides ou imunossupressores.>