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Agência Correio
Publicado em 16 de dezembro de 2025 às 11:00
A arrogância nem sempre aparece de maneira explícita. Segundo um estudo da Cardiff University, pequenos gestos podem indicar quando alguém tenta preservar uma imagem de superioridade, mesmo que jamais assuma isso em voz alta. >
A pesquisa “Intellectual Arrogance: Individual, Group-Based, and Corporate” descreve como expectativas especiais e reações defensivas ajudam a identificar esse padrão.>
Arrogância nem sempre aparece de maneira explícita
A pesquisadora Alessandra Tanesini explica que, em muitos casos, indivíduos arrogantes se comportam como se tivessem prerrogativas exclusivas, mesmo afirmando não se considerar acima dos demais.>
O estudo indica que quem baseia a própria autoconfiança em reconhecimento tende a reagir de forma desproporcional a críticas. A arrogância surge, então, como mecanismo para impedir qualquer ameaça ao ego.>
Esse comportamento aparece em debates banais, nos quais a pessoa transforma a conversa em competição. Cortes abruptos, correções insistentes e exigência de atenção são alguns exemplos.>
Para Tanesini, essa dinâmica faz parte do que ela chama de superbia, marcada pela busca constante de superioridade nas interações.>
A análise aponta que grupos sociais e profissionais também manifestam arrogância quando tentam manter sua posição. Isso acontece quando críticas externas são interpretadas como risco ao status coletivo.>
Diante disso, integrantes tendem a se fechar em certezas, recusando pontos divergentes, mesmo que embasados, para sustentar a identidade do grupo.>
Segundo a autora, esse processo fortalece um tipo de barreira simbólica que protege o senso de autoridade compartilhado.>
O estudo mostra ainda que organizações podem demonstrar arrogância ao cultivar práticas pouco transparentes ou comportamentos que sugerem imunidade a críticas.>
A adoção de riscos exagerados, a falta de explicações públicas e uma postura de autonomia absoluta fazem parte desses sinais.>
Tanesini afirma que esse padrão surge quando políticas internas reforçam a ideia de invulnerabilidade institucional, mesmo que não haja intenção declarada.>